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Fábrica multinacional vai encerrar atividades em São Paulo por poluição

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Uma unidade produtora de lã de vidro da multinacional francesa Saint-Gobain, pertencente ao grupo Isover, localizada em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, será desativada até julho de 2026, em consequência de diversas reclamações sobre poluição e ruído causados pela indústria. Após o encerramento, o local será convertido em um centro de distribuição da marca.

O fechamento está previsto em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) estabelecido entre a empresa, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) e a Companhia Ambiental do Estado (Cetesb) em 22 de dezembro.

Esse acordo também inclui a obrigatoriedade de elaborar um plano de gestão para áreas contaminadas. Caso a empresa descumpra o acordo, estará sujeita a multas diárias de R$ 10 mil. O TAC será submetido ao Conselho Superior do MPSP para aprovação final.

Denúncias e Impactos na Saúde

A promotoria local abriu um inquérito civil para apurar as queixas dos moradores das proximidades da fábrica, que há anos sofrem com barulhos constantes e liberação de poluentes. Segundo relatos, a indústria opera 24 horas por dia, inclusive à noite, emitindo fumaça espessa e odores desagradáveis por sua chaminé.

Essa situação tem afetado a saúde dos residentes, que apresentam dificuldades respiratórias, irritação da pele e ardência nos olhos.

Em março de 2023, moradores enviaram uma petição à Cetesb requerendo a interrupção das emissões de fumaça. Após isso, o MPSP intensificou a fiscalização na fábrica.

A Cetesb aplicou multas e advertências à Saint-Gobain devido às emissões irregulares detectadas.

Audiência Pública

Em junho, foi realizada uma audiência pública na Câmara Municipal de São Paulo, presidida pela vereadora Renata Falzoni (PSB), para debater os impactos causados pela fábrica.

Moradores aproveitaram a ocasião para relatar os transtornos provocados pela operação da indústria, embora nenhum representante da Saint-Gobain tenha comparecido para responder às questões.

A empresa foi contatada para comentar a situação, mas não retornou até a publicação deste texto. O espaço permanece aberto para futuras manifestações.

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