Fábricas de alisantes de cabelo em São Paulo são fechadas pela Anvisa

Cinco fábricas de alisantes capilares foram fechadas durante uma operação conjunta da Anvisa e da Vigilância Sanitária, que inspecionou sete estabelecimentos em São Paulo que não obedeciam às normas sanitárias vigentes.

A operação, denominada “Alisamento Seguro”, avaliou a conformidade dos produtos, buscando identificar riscos para a saúde dos consumidores. As empresas fiscalizadas possuíam produtos registrados por processos inadequados para alisantes, que exigem uma aprovação prévia e rigorosa da Anvisa devido ao seu potencial risco.

Durante a inspeção, foram detectadas falhas severas nas práticas de fabricação das sete empresas localizadas em Mairiporã (região metropolitana), Dumont, Piratininga, Santópolis do Aguapeí e Sumaré (interior do estado).

Irregularidades encontradas

Foram constatadas várias irregularidades, como o uso de matérias-primas vencidas, falta de documentação de controle de qualidade, inexistência de licença sanitária, ambientes em condições precárias e equipamentos sem manutenção adequada.

Empresas interditadas:

• EVOLUTION INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COSMÉTICOS LTDA. (Mairiporã) – licença sanitária cancelada e auto de infração emitido;
• SL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. (Mairiporã) – interdição parcial e auto de infração;
• HIRO DO BRASIL INDÚSTRIA DE COSMÉTICOS LTDA. – EPP (Dumont) – suspensão da produção e multa aplicada;
• HRT DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COSMÉTICOS LTDA. (Sumaré) – interdição e auto de infração;
• MARIA DAS GRAÇAS OLIVEIRA DA SILVA (Santópolis do Aguapeí) – interdição;
• PACK FOR YOU INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COSMÉTICOS (Piratininga) – interdição parcial;
• PACK TO YOU INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COSMÉTICOS (Piratininga) – sem licença e endereço não autorizado, interdição parcial.

Um problema sério identificado foi a ausência de rotulagem ou identificação de lotes em embalagens de matérias-primas, prejudicando a rastreabilidade dos produtos.

Também foi preocupante o uso de instalações inapropriadas, como uma cozinha doméstica para a lavagem de materiais e controle de qualidade, além do uso inadequado de ácido glioxílico, uma substância não autorizada para alisamento capilar.

Durante as inspeções, foram notadas empresas que estavam fechadas, não localizáveis nos endereços declarados, sem responsáveis técnicos presentes e com produtos não regularizados pela Anvisa.