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Falso profeta: quadrilha fez mais de 50 mil vítimas, principalmente entre evangélicos

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O grupo é composto por cerca de 200 integrantes, incluindo dezenas de lideranças evangélicas intitulados pastores, que induziam os fiéis para acreditar no discurso de que são pessoas escolhidas por Deus para receber a benção, que no caso era a quantia expressiva em dinheiro

Uma organização criminosa especializada na prática de estelionatos por meio de redes sociais (fraude eletrônica) é alvo de investigação da Polícia Civil do Distrito Federal nesta quinta-feira (30/1). A quadrilha induzia as vítimas a investir quantias em dinheiro com a promessa de receber valores exorbitantes.

O grupo é composto por cerca de 200 integrantes, incluindo dezenas de lideranças evangélicas intitulados pastores, que induziam os fiéis a acreditar no discurso de que são pessoas escolhidas por Deus para receber a bênção, que no caso era a quantia expressiva. Na operação desta quinta-feira (30/1), cinco líderes religiosos também foram alvos, além de advogados e digitais influencers.

Segundo as investigações da PCDF iniciada há mais de dois anos, o golpe pode ser considerado um dos maiores investigados no país, pois foram constatadas, como vítimas dos criminosos, pessoas de diversas camadas sociais e localizadas em quase todas as unidades da federação, estimando-se mais de 50 mil vítimas.

A operação Falso Profeta está na terceira fase e ao longo de toda a investigação quatro pessoas foram presas preventivamente e condenadas. A investigação também apontou uma movimentação superior a R$160 milhões desde 2019.

Nessa nova etapa da investigação, os policiais buscam o cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão contra os principais membros em atividade no Distrito Federal e em seis estados: Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Além disso, são cumpridas medidas cautelares de bloqueio de valores, bloqueio de redes sociais e decisão judicial de proibição de utilização de mídias digitais.

Crime

Para praticar o crime, os suspeitos iniciavam conversas enganosas através de redes sociais abusando da fé e crença religiosa das vítimas. Eles utilizavam uma teoria conspiratória apelidada de Nesara Gesara, para convencer as pessoas, majoritariamente evangélicas, a depositarem suas economias em falsas operações financeiras ou falsos projetos de ações humanitárias, com promessa de retorno financeiro imediato

Foram identificadas cerca de 40 empresas fantasmas e de fachada, e mais de 800 contas bancárias suspeitas. Os criminosos poderão responder, a depender de sua participação no esquema, pelos crimes de estelionato, falsificação de documentos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

 

Correio Braziliense

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