Brasil
Familiares de desaparecida acham mais restos mortais na casa de pintor
Polícia encontrou ossadas enterradas na casa de um pintor em SP. Familiares encontraram mais restos mortais após perícia analisar o local.
Familiares de uma mulher desaparecida encontraram, por conta própria, nesta segunda-feira (28), novos restos mortais na casa do pintor Jorge Luiz Morais de Oliveira, preso na sexta-feira (25), acusado de matar um jovem homossexual. Na residência, a polícia já havia recolhido o cadáver e ossadas de pelo menos quatro pessoas diferentes.
O local, que fica em uma favela na região do Jabaquara, na Zona Sul de São Paulo, já havia sido liberado pela polícia após a conclusão do trabalho da perícia. Os peritos, no entanto, não haviam encontrado os vestígios observados pela mãe e pela companheira da desaparecida.
A estudante carioca Renata Christiana Pedrosa Moreira, de 33 anos, desapareceu em janeiro deste ano. Ela morava com uma companheira em um apartamento também na região do Jabaquara. Usuária de drogas, costumava comprar entorpecentes para consumo próprio na favela onde o pintor vivia. Os dois, no entanto, não se conheciam, garante a família.
Desde o desaparecimento da filha, Maria de Fátima Pedrosa começou o que classificou como “trabalho de detetive” ao lado da nora. Juntas, elas deram início a uma grande busca em paralelo às ações da polícia. Como o último registro do GPS do celular de Renata apontava para a região da favela, elas decidiram concentrar os esforços na área.
A mãe conta que chegou até a encontrar com Jorge Luiz em um dos muitos dias de busca. Na oportunidade, perguntou pela filha e mostrou até uma foto ao pintor, que negou já tê-la visto por ali.
Moradora do Rio de Janeiro, Maria de Fátima diz que está “fazendo plantão” em São Paulo desde o começo do ano. Quando ficou sabendo do caso pela TV, não teve dúvidas: foi novamente ao local.
Cansada de esperar pelo trabalho da polícia que, segundo ela, afirmava que Renata estava viciada em crack e morando na rua, na manhã desta segunda-feira (28), ela e a nora compraram uma pá e decidiram entrar na casa do pintor para ver se encontravam alguma pista ou pertence da estudante.
Utilizando a ferramenta e também as próprias mãos, elas cavaram e vasculharam a residência até encontrar objetos, como calcinha e meias, e também restos mortais. Nenhum dos itens, no entanto, foi reconhecido pelos familiares como de Renata.
“Só vou descansar se eu vir alguma coisa dela, ou o DNA, que ainda vai ser feito. Se eu ver o celular ou alguma joia que ela estava… Qualquer coisa assim. Até que me provem o contrário”, afirmou Maria de Fátima.
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