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Familiares lideram esquema criminoso ligado ao PCC e Faria Lima

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O empresário Mohamad Hussein Mourad foi alvo principal da grande operação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), vinculado ao Ministério Público de São Paulo (MPSP), em parceria com a Receita Federal, na última quinta-feira (28/8). Ele envolveu sua família em um esquema de fraudes no setor de combustíveis.

Além da companheira, irmãos e primos de Mohamad, outras 16 pessoas integravam o núcleo central da fraude. Junto com Roberto Augusto Leme da Silva, também conhecido como Beto Louco, Mohamad atuava como principal operador de um sistema fraudulento que abrangia toda a cadeia de combustíveis, desde a importação até a comercialização final e a ocultação de patrimônio por meio de fintechs e fundos de investimento.

O grupo utilizava empresas como a formuladora Copape e a distribuidora Aster para realizar fraudes fiscais e contábeis, além de lavagem de dinheiro, estabelecendo uma rede criminosa ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e outros grupos ilegais.

Núcleo Familiar

  • Companheira de Mohamad, Silvana Correa: proprietária da empresa usada para ocultação de bens.
  • Irmã de Mohamad, Amine Hussein Ali Mourad: titular da Khadige Conveniência Ltda. (Empório Express Ltda.), com 168 filiais, e sócia da empresa sucessora da Copape.
  • Irmão de Mohamad, Armando Hussein Ali Mourad: presidente de distribuidora de combustível Safra Distribuidora de Petróleo S.A e gestor de postos de combustíveis em Goiás, além de outras empresas relacionadas.
  • Primo de Mohamad, Himad Abdallah Mourad: um dos principais líderes do grupo, criador da Insight Participações S/A, ferramenta para lavagem de dinheiro e blindagem patrimonial.
  • Primo de Mohamad, Ali Mohamad Mourad: sócio da empresa de engenharia responsável pelo escritório em Catanduva.
  • Hussein Ali Mourad: sócio e administrador da empresa sucessora da Copape.
  • Irmão da esposa do primo Mohamad, Tharek Majide Bannout: sócio em várias empresas do grupo.
  • Armando Hussein Ali Mourad: presidente da Lubercol Serviços Administrativos Ltda.

Associados ao Grupo

  • Roberto Augusto Leme da Silva (“Beto Louco”): considerado co-líder do grupo, responsável pela Copape e Áster.
  • Jomar Maurício Fornielis das Chagas: ex-gerente e envolvido em outras empresas do esquema.
  • Gustavo Nascimento de Oliveira: administrador de empresas de fachada ligadas ao grupo.
  • Sérgio Luiz Freitas da Silva: advogado e gestor de ativos do grupo.
  • Renato Steinle de Camargo: intermediário na aquisição das empresas centrais.
  • Maria Eliza Landi: advogada e administradora ligada aos fundos do esquema.
  • Lucas Tomé Assunção: contador do grupo e gerente contábil da GGX Global Participações.
  • Marcello Ognibene da Costa Batista: contador com conexões relevantes.
  • Rogério Garcia Peres (Altinvest): administrador financeiro do grupo.
  • João Carlos Falbo Mansur (Reag): gestor de fundos usados para ocultar valores criminosos.
  • Ramon Pessoa Dantas: representante em aquisições relacionadas ao grupo.
  • Alexandre Motta de Souza e Luciane Gonçalves Brene Motta de Souza: membros envolvidos em fraudes e adulteração de combustíveis.
  • Fabiana de Oliveira Lima Pereira: laranja do grupo, ligada à Petroriente.
  • Pedro Furtado Gouveia Neto: representante da GGX com vínculos investigados.
  • Luiz Ernesto Franco Monegat: participante societário em empresas de postos vinculadas ao grupo.

Perfil de Mohamad Mourad

Mohamad Mourad é o centro do esquema bilionário de fraudes e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis. Ele foi um dos principais alvos da Operação Carbono Oculto, que apura fraudes que ultrapassam R$ 8,4 bilhões, envolvendo lavagem de dinheiro, sonegação e estelionato.

Como operador da Copape e Aster, teve controle sobre a matéria-prima, incluindo usinas de etanol, distribuidoras, transportadoras e redes de postos e lojas de conveniência.

A Copape, uma das maiores distribuidoras de postos com bandeira branca do país, chegou a ser fechada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) por suspeitas de ligação com o PCC e fraudes na cadeia de combustíveis.

Há cerca de oito meses, Mohamad se declarou consultor da Copape e publicou vídeo no LinkedIn defendendo a empresa, afirmando que as investigações eram fruto de uma disputa entre concorrentes. Segundo ele, as denúncias são movidas pelo empresário Ricardo Magro, dono da refinaria Refit.

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