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Fbi investiga lavagem de dinheiro do Pcc em imóveis e empresas na Flórida

A Polícia Federal dos Estados Unidos, o FBI, está conduzindo investigações contra membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) e indivíduos relacionados à organização criminosa que realizam investimentos em propriedades e estabelecimentos comerciais no estado da Flórida.
Fontes nos Estados Unidos que colaboram com as investigações confirmaram as informações sob condição de anonimato. Os agentes federais buscam mapear os bens geridos pelo grupo criminoso nesta área, que é um importante ponto de residência para latino-americanos. A cidade de Miami, muito frequentada por turistas brasileiros, é considerada uma das regiões mais exploradas pelos integrantes do grupo paulista na América Latina e Caribe.
Durante a administração do ex-presidente Joe Biden, no fim de 2021, foi emitida uma ordem executiva que ampliou os poderes do Departamento do Tesouro Americano para aplicar sanções a pessoas e empresas suspeitas de ligação com o tráfico internacional de drogas. O PCC foi uma das primeiras organizações a ser listada como alvo dessas medidas. Autoridades do Tesouro demonstram grande interesse em obter mais informações sobre o grupo, especialmente sobre seu acesso ao sistema financeiro americano.
Em março do ano anterior, Diego Macedo Gonçalves, conhecido como Brahma, foi inserido na lista do Tesouro que inclui 23 investigados brasileiros, sendo o único diretamente vinculado ao narcotráfico internacional. Atualmente, ele está preso na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO) e também consta na lista de sancionados da Lei Magnitsky, que permite punições contra estrangeiros envolvidos em corrupção ou violações de direitos humanos, desde a gestão do ex-presidente Donald Trump.
Além disso, uma das empresas sob investigação do FBI é ligada a Marinel Bozhanaj, um parceiro do PCC com origem albanesa. Já foi revelado que Bozhanaj e outros três membros do alto escalão do grupo adquiriram carteiras de imunidade diplomática através do então cônsul de Moçambique no Brasil, Deusdete Januário Gonçalves. O negócio foi intermediado por Willian Barile Agati, apelidado de “concierge” do PCC, que oferecia diferentes “produtos” e “serviços” para membros da facção, incluindo a obtenção desses documentos consulares vendidos por R$ 2 milhões cada.
Em 2023, Marinel Bozhanaj e outro suspeito, não identificado para preservar as investigações, fundaram a Bozhanaj Group Corporation, ambos atuando como presidentes ao lado de uma mulher em Miami. Em setembro do mesmo ano, Bozhanaj alterou os diretores da empresa, permanecendo a mulher na presidência e retirando seu próprio título. Relatórios atuais mantêm apenas os nomes do albanês e da mulher, omitindo o sócio, que possui um imóvel em Miami, segundo informações confirmadas pelo Ministério Público Federal do Brasil em 2024.
O mesmo indivíduo também criou uma empresa de exportação em Miami em 2015, junto com sua esposa. A companheira dele, junto com a filha do casal, administram uma firma de transporte internacional na capital da Flórida.

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