Os feirantes da Torre de TV, no centro de Brasília, têm até a próxima segunda-feira (25) para retirar os toldos que protegem os estandes do sol e da chuva por determinação da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis). A ação baseia-se na descaracterização do projeto original da feira e reponde a uma recomendação do Ministério Público do DF.
“Há mais de um mês a Agefis vem atuando no local, orientando os feirantes sobre a necessidade de observar a legislação, aplicando as advertências cabíveis e coibindo as irregularidades que exigem ação imediata”, informou a Agefis por meio de nota.
Os toldos foram instalados pelos próprios feirantes para garantir a sombra e o abrigo da chuva que o projeto original não previu. A cobertura das bancas, segundo o projeto arquitetônico inaugurado em 2011, tem um metro de comprimento – insuficiente para cobrir a calçada. O GDF disse que apenas atende à recomendação do MP e que, por isso, não tem projeto para substituir as estruturas.
Com cobertura, sem padrão
Como cada artesão teve que tirar dinheiro do próprio bolso, as estruturas têm formatos e cores diferentes. Na praça de alimentação, por exemplo, o toldo é de PVC. Já em algumas bancas, a cobertura é de lona. Segundo os feirantes, a média de custo foi de R$ 1,5 mil para cada.
Em razão da quebra do padrão estético da feira, o promotor responsável pela recomendação do MP, Dênio Augusto Moura, destacou que, por Brasília ser tombada e a feira estar no centro da cidade, era preciso ter “cuidado ainda maior quanto à concepção do projeto original”.
“Quando começaram a adaptar o projeto, cada um colocou um toldo de um modelo e cor. Alguns estão sem manutenção e isso começou a dar aspecto de área abandonada à feira.”
Neste sentido, a ação da Agefis representa um passo adiante, porque visa a retomada do visual original. No entanto, sem uma solução do governo para a ampliação da cobertura, a retirada dos toldos pode ser um retrocesso na qualidade de trabalho e no bem-estar de quem frequenta a feira.
à TV Globo que a administração do Plano Piloto “tem orientado os feirantes para atender às recomendações do Ministério Público” e que “o governo trabalha para implantar um projeto de cobertura viável”.
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