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Fernanda Fenômeno

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Enquanto Hollywood abraça Fernanda Torres, o Brasil se enche de orgulho ao ver uma de suas majestosas filhas conquistando o planeta

 

Patrick Selvatti/ Correio Braziliense

Na madrugada da próxima segunda, em pleno carnaval, milhares de brasileiros estarão nas ruas comemorando mais do que a folia de Momo, mas um festejo amplo, absoluto e incontestável: a força da nossa cultura. No domingo, enquanto o fruto do trabalho que centenas de pessoas dedicam ao longo de um ano nos galpões das escolas de samba do Rio de Janeiro está sendo exibido para milhões de espectadores ao redor do mundo, em Los Angeles, a cerimônia do Oscar se desenrola sob os olhares globais tendo também o nosso país como um dos protagonistas. Vencendo ou não a celebração máxima da indústria cinematográfica, Ainda estou aqui representa uma indiscutível vitória brasileira. E muito dessa honra se deve ao fenômeno que se tornou o patrimônio nacional chamado Fernanda Pinheiro Torres.

A poucos meses de completar 60 anos, uma das mais célebres artistas do nosso hall da fama agora se torna um acontecimento global graças à sua atuação magistral no filme dirigido por Walter Salles — outro monumento gigante de referência em nosso mapa. O longa-metragem traz uma interpretação visceral de Fernanda Torres que lhe garantiu o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama e a projetou como uma das favoritas ao título de Melhor Atriz no Oscar.

Essa consagração não é fruto do acaso. Nosso prodígio carrega em seu DNA o talento da mãe, Fernanda Montenegro, que foi indicada aos mesmos prêmios internacionais, há 25 anos, pela interpretação de outra obra genial, Central do Brasil, também concebida por Salles. Mas a filha de peixe trilhou um caminho próprio, consolidando-se no teatro, na televisão e no cinema antes mesmo do êxito da veterana. Com apenas 20 anos, Fernandinha conquistou a Palma de Ouro de Melhor Atriz no Festival de Cannes de 1986 por sua atuação em Eu sei que vou te amar e, 10 anos depois, estava no elenco de O que é isso companheiro?, longa de Bruno Barreto que disputou o Melhor Filme Estrangeiro do Oscar 1996.

Com uma jornada de triunfos que atravessa décadas, Fernanda Torres agora experimenta o ápice. Sua vitória no Globo de Ouro foi épica, tornando-a a primeira atriz brasileira a conquistar a categoria, que disputou com entidades hollywoodianas como Kate Winslet, Nicole Kidman, Pamela Anderson, Angelina Jolie e Tilda Swinton. Um arremate justo, afinal, Ainda estou aqui é uma construção que exige de sua protagonista uma entrega emocional intensa. E o nome da carioca — que é mãe de Joaquim, 25, e Antônio, 16 — agora é citado entre as favoritas ao Oscar, competindo com nomes de peso da indústria cinematográfica, como Demi Moore.

Independentemente do resultado da premiação, Fernanda já cimentou seu nome no alicerce da memória. Enquanto Hollywood a abraça, o Brasil se enche de orgulho ao ver uma de suas majestosas filhas conquistando o planeta. E sua brava gente está pronta para ganhar as ruas misturando carnaval com final de Copa do Mundo em uma das celebrações mais extraordinárias que nosso território já vivenciou.

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