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Centro-Oeste

Festival Vulica transforma Brasília em painel de arte urbana

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Festival Vulica traz à capital intervenções de 11 artistas urbanos do Brasil, da América Latina e dos Estados Unidos

O Festival Vulica desembarca em Brasília a partir de segunda-feira com uma programação que vai transformar o centro da cidade em um grande painel de arte urbana. Criado em 2014 em Minsk, na Bielorússia, por um grupo de jovens empreendedores que queriam transformar uma rua abandonada da cidade, o Vulica tem como fundamento a ideia de que a arte urbana renova as pessoas e os espaços. Depois de cinco edições na capital bielorussa, agora é a vez da cidade modernista receber um festival que, além da ação de artistas espalhadas pelo centro, terá também um mês de oficinas, rodas de conversa, walking tours e live paintings antes do encerramento no Sesi Lab, em 24 de agosto.

O 6º Festival Vulica vai reunir 10 artistas que, a partir da semana que vem, começam a imprimir nos muros do Setor Comercial Sul e do Conic uma série de projetos de murais que vão transformar a paisagem brasiliense. De Brasília, participam Daniel Toys e Juliana Lama. L7Matriz, Zéh Palito, Enivo, Rafael Sliks e Hanna Lucatelli vêm de São Paulo. Rowan Bathurst vem dos Estados Unidos, Jumu do Peru e Ledania, da Colômbia. Além disso, o duo Bicicleta sem freio, de Goiânia, também está entre os convidados. “A gente quis trazer, este ano, bastante mulheres. Historicamente, a presença majoritária no festival era de homens, então a gente quis quebrar esse padrão. São cinco mulheres para sete homens”, explica Anastasiya Golets, diretora geral do Instituto Vulica, criado em Brasília em 2021 para desenvolver ações de arte no Brasil.

O 6º Festival Vulica vai reunir 10 artistas que, a partir da semana que vem, começam a imprimir nos muros do Setor Comercial Sul e do Conic uma série de projetos de murais que vão transformar a paisagem brasiliense. De Brasília, participam Daniel Toys e Juliana Lama. L7Matriz, Zéh Palito, Enivo, Rafael Sliks e Hanna Lucatelli vêm de São Paulo. Rowan Bathurst vem dos Estados Unidos, Jumu do Peru e Ledania, da Colômbia. Além disso, o duo Bicicleta sem freio, de Goiânia, também está entre os convidados. “A gente quis trazer, este ano, bastante mulheres. Historicamente, a presença majoritária no festival era de homens, então a gente quis quebrar esse padrão. São cinco mulheres para sete homens”, explica Anastasiya Golets, diretora geral do Instituto Vulica, criado em Brasília em 2021 para desenvolver ações de arte no Brasil.

O festival nasceu em Minsk como um projeto de colaboração e diálogo cultural para mostrar ao mundo o grafite brasileiro. Danilo Costa, criador do evento, queria mostrar um Brasil contemporâneo, terra também de movimentos de arte urbana importantes. “A ideia era mostrar um Brasil longe dos estereótipos clássicos de samba e carnaval, sem desvalorizar esses aspectos, mas mostrar algo mais e os murais dos nossos artistas urbanos eram o que a gente queria muito mostrar para o mundo”, conta. Depois de realizar as primeiras edições, que contaram com nomes como Os Gêmeos e artistas da Bielorússia, os organizadores começaram a notar que os murais impactavam a paisagem urbana de maneira profunda. “Então convidamos arquitetos e urbanistas para desenvolver projetos que chamamos de urbanismo tático, pequenos melhoramentos na rua”, diz Costa.

Em Brasília, a escolha do Conic e do Setor Comercial Sul se deu de forma natural. O instituto havia realizado no local o projeto Acorda Conic, em 2022, com uma série de ações que envolviam oficinas de urbanismo tático com a intenção de revitalizar o espaço. Agora, um grupo de quatro artistas vai pintar um enorme mural de 20 metros de altura no Venâncio 3. No SCS, o espaço é um desafio em superfícies de até 50mX17. “A arte que fica dentro da galeria capta o público que vai pra galeria. A arte que está na parede da cidade influencia o mundo, qualquer pessoa pode ser influenciada de uma ou outra maneira. É  muito popular e disponível a todos, influencia o espaço, a dinâmica, quem passa pelo espaço. É muito atrativo, as pessoas reagem muito às cores. Falta cor no dia a dia das pessoas. Arte urbana impacta, faz todo mundo refletir e deixa a cidade mais colorida e alegre, além de trazer uma informação que não a comercial, é um descanso para os olhos”, avalia Anastasiya Golets.

José Kizam, produtor-executivo do Vulica, explica que o primeiro desafio foi trazer para Brasília a essência do festival de Minsk, que nasceu conectado ao circuito internacional de arte urbana. “Desde a primeira edição, o Vulica teve curadoria acertada e trouxe artistas de peso, muitos brasileiros que logo ganharam visibilidade na cena europeia”, conta. A primeira edição no Brasil precisava manter a força do que já tinha sido feito lá fora, mas sem desprezar o contexto local: era essencial, para a equipe, respeitar os espaços, ouvir as demandas da cidade e aproveitar as potencialidades de Brasília. “A ideia é seguir contribuindo para dar visibilidade ao Setor de Diversões Sul e participar da sua ressignificação, como foi com a Rua Brasil. Se, lá fora, o Vulica rapidamente se conectou com a cena internacional, aqui a nossa vontade é integrar, também, o circuito nacional”, avisa Kizam.

Sobre o festival

De 11 a 24 de agosto, Brasília receberá o Festival Vulica Brasil, primeiro encontro internacional de arte urbana na cidade. Com murais de artistas de diferentes países, o evento gratuito é o primeiro após cinco edições em Minsk (Bielorússia), entre 2014 e 2019. A 6ª edição da iniciativa presta tributo à capital modernista com intervenções que se concentram no prédio do Conic e avançam pelo Setor Comercial Sul (SCS).

O Vulica traz dois nomes brasileiros que passaram pelos festivais em Belarus, como L7Matrix (SP) e Zéh Palito (SP). Jumu (Alemanha/Peru), Ledania (Colômbia), Rowan Bathurst (EUA), Hanna Lucatelli (SP) e Juliana Lama (BSB) são mulheres que fazem da edição a maior em presença feminina. Completam os artistas selecionados o coletivo Bicicleta Sem Freio (GYN), Toys Daniel (BSB), Enivo (SP) e Rafael Sliks (SP).

O público também pode participar de oficinas, rodas de conversa, visitas guiadas, pinturas ao vivo e do encerramento, no SESI Lab, parceiro do evento, em 24 de agosto. O projeto foi aprovado na Seleção Petrobras Cultural e viabilizado por meio da Lei Rouanet.

Veja a programação

Do dia 12 à 14, a programação é diversa. Confira:

  • 12, 13 e 14/8: 9h-18h: Pintura de murais no Conic e no Setor Comercial Sul
  • 14/8: 9h-12h: Oficina de desenho com Igor Baldez “Olhar de Dentro: Autorretrato Intuitivo” – Turma especial em parceria com ACNUR. Onde: Sesi Lab

14h-17h: Oficina de desenho com Igor Baldez “Olhar de Dentro: Autorretrato Intuitivo” – Turma aberta ao público. Onde: Sesi Lab

 

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