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Filha de prefeito alvo da PF consegue cargo na Alesp no dia da operação

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Larissa Cristine dos Santos de Souza, enteada do prefeito Marcelo Lima (Podemos), de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, assumiu um cargo no gabinete da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), sob a deputada Carla Morando (PSDB), na quinta-feira, 14 de agosto, mesmo dia em que Marcelo Lima foi investigado pela Polícia Federal (PF).

O prefeito, que se encontra afastado após a operação, afirma nas redes sociais ser pai de Larissa e Gabriele, sendo que somente Gabriele é sua filha biológica. Segundo o relatório da PF, Gabriele dos Santos Lima Fernandes teve boletos e mensalidade da faculdade de Medicina incluídos nas anotações de contabilidade do esquema de corrupção.

Desde 2019, Larissa trabalhava no gabinete da liderança do PSDB na Alesp, quando Carla Morando era líder da bancada tucana, função que exerceu por dois anos. Larissa atuou no escritório da bancada até 13 de agosto e, no dia seguinte, foi nomeada para assessor parlamentar VII no gabinete de Carla Morando, recebendo salário de R$ 10 mil.

Em declaração, a deputada ressaltou que Larissa não foi mencionada na investigação da PF e garantiu que todo o processo de contratação seguiu critérios legais e transparentes.

No mesmo dia, Carla Morando exonerou outro assessor, Roque Araújo Neto, que recebia R$ 8,2 mil, pessoa que tem histórico de serviços nos gabinetes da deputada, de seu marido, ex-deputado Orlando Morando, que foi prefeito de São Bernardo do Campo e atualmente é secretário de segurança da capital paulista. Roque é suspeito de ter recebido R$ 390 mil de Paulo Iran Paulino Costa, um dos principais operadores do esquema investigado, também ex-assessor da Alesp.

A Operação Estafeta, realizada em São Bernardo do Campo, investiga um esquema de corrupção envolvendo as secretarias municipais de Obras e Saúde. As apurações começaram após a apreensão de R$ 14 milhões em dinheiro, em reais e dólares, na residência de Paulo Iran, que está foragido, com mandado de prisão expedido contra ele.

Posicionamento da deputada Carla Morando

Em nota, a deputada Carla Morando declarou que a contratação da servidora ocorreu de acordo com as normas estabelecidas pela Assembleia Legislativa, com análise do setor de Recursos Humanos e em conformidade com as leis trabalhistas vigentes. Destacou que a profissional atua desde 2019 como assistente parlamentar, sem apresentar qualquer tipo de conduta irregular, cumprindo seus horários e responsabilidades de maneira adequada. Além disso, frisou que até o momento não há qualquer ligação entre a servidora e as investigações sobre o esquema de corrupção em São Bernardo do Campo, garantindo que o processo é conduzido com plena legalidade, responsabilidade e transparência.

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