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Fiscal indiciado por assalto à casa de vereador em São Paulo

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A morte do Márcio José Gomes, fiscal municipal baleado por um policial militar durante uma abordagem em Rio Claro, São Paulo, revelou um histórico criminal registrado na Justiça. Antes de seu falecimento, Márcio foi formalmente acusado de envolvimento em um roubo planejado à residência de um vereador da cidade, ocorrido em dezembro de 2019.

Documentos judiciais indicam que o servidor público fazia parte de uma associação criminosa que auxiliou logisticamente um assalto à casa do vereador André Luís de Godoy, então presidente da Câmara Municipal de Rio Claro. A investigação aponta que o grupo agiu de maneira organizada e com divisão clara de tarefas.

O crime foi caracterizado por uma encenação sofisticada. Cinco homens não identificados chegaram ao local se passando por policiais federais, vestidos com roupas semelhantes às da PF, armados e usando um veículo adesivado para simular uma viatura oficial. Essa estratégia serviu para intimidar e evitar resistência das vítimas.

O porteiro do prédio foi coagido a permitir a entrada sob ameaça de prisão. Dentro do apartamento, os moradores foram rendidos, algemados e falsamente acusados de corrupção. Enquanto mantinham a vigilância, os criminosos vasculharam o imóvel e roubaram R$ 5.650 em dinheiro, aparelhos celulares e joias. Antes de fugirem, instruíram as vítimas a esperar a imprensa, reforçando a farsa.

Márcio José Gomes teve papel fundamental na preparação do crime, fornecendo informações sobre o endereço e a rotina do vereador, essenciais para o sucesso do assalto. Além disso, foi responsável por organizar o apoio material aos criminosos, como colchões e o preparo de uma chácara no bairro Santa Clara II, onde o grupo escondeu o veículo utilizado no delito. Essa propriedade pertencia a outro acusado, Bruno de Moraes, e evidências encontradas no local ligaram o grupo ao crime.

Márcio e Bruno foram indiciados por associação criminosa, receptação, adulteração de sinal identificador de veículo e roubo qualificado. A Justiça decretou a prisão temporária e, depois, preventiva, citando a gravidade do crime, o planejamento e o uso de violência e ameaças contra as vítimas.

Durante as investigações, Márcio foi encontrado portando uma quantia em dinheiro sem comprovação de origem. Análises de mensagens em celulares mostraram trocas que indicavam o planejamento do crime e a logística do grupo.

Anos mais tarde, Márcio voltou a ser notícia após morrer num confronto com a polícia militar em Rio Claro. O episódio também resultou na apreensão de armas e levantou dúvidas sobre possíveis conexões com organizações criminosas.

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