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flávio bolsonaro critica limite de tempo para visitar pai na prisão
O senador Flávio Bolsonaro, considerado porta-voz da família do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está detido preventivamente desde o último sábado, manifestou insatisfação com a restrição no tempo permitido para as visitas ao pai. Segundo ele, os encontros se tornaram ainda mais limitados após a transferência para a Superintendência da Polícia Federal.
Em uma decisão emitida neste domingo, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a visita apenas de um filho por vez — Flávio, Carlos ou Jair Renan —, com duração máxima de 30 minutos. Além disso, foi proibido o uso de celulares, fotos ou gravações durante esses encontros, conforme a determinação judicial.
A norma da Polícia Federal citada pelo ministro estabelece que as visitas aconteçam às terças e quintas-feiras, das 9h às 11h, com duração máxima de meia hora e limite de dois familiares por dia.
Flávio Bolsonaro destacou a importância das visitas para acompanhar pessoalmente a saúde do pai e receber orientações essenciais, classificando o limite como cruel.
Ele também publicou um vídeo com declarações feitas após uma reunião de emergência do PL, onde afirmou que a oposição busca aprovar uma anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de Janeiro. O encontro contou com a presença de membros da família e parlamentares alinhados ideologicamente ao partido.
Durante a reunião, foi decidido apoiar um projeto que reduz penas, como estratégia para manter o debate ativo e tentar, posteriormente, uma anistia total em plenário, embora essa iniciativa tenha poucas chances de avançar dada a composição da bancada bolsonarista.
A mudança de postura do PL visa dar uma resposta política imediata à prisão do ex-presidente e abrir espaço para negociação com outros grupos parlamentares.
No entanto, líderes partidários afirmam que não existe clima para votar qualquer proposta sobre o tema e que a pauta só deve ser discutida se houver consenso na próxima reunião de líderes da Câmara.
O projeto que prevê a redução de pena alcançaria o próprio Bolsonaro, cuja condenação soma 27 anos e três meses, com possibilidade de diminuir a sentença em cerca de sete anos.
Embora o presidente da Câmara, Arthur Lira, tenha demonstrado apoio simbólico ao ex-presidente, sua base viu o gesto como limitado, e a votação segue paralisada.
O deputado Paulinho da Força sugeriu que a detenção de Bolsonaro poderia acelerar a tramitação do projeto, mas a resistência de outros grupos deve impedir o avanço na presente semana.
Flávio Bolsonaro como representante da família
Após a prisão do ex-presidente, Flávio Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foram indicados como possíveis porta-vozes, com o senador assumindo o papel de intermediador.
Durante a coletiva, reforçou a fragilidade da saúde do pai e a intenção da família em conseguir a prisão domiciliar, pleito negado pelo ministro Moraes após uma tentativa de violação da tornozeleira eletrônica.
A decisão que determinou a custódia cita uma vigília convocada por Flávio no sábado e argumenta que o ex-presidente tentou romper o equipamento para fugir. O senador negou essa versão, sustentando que o pai apresenta sintomas de surto.
Flávio Bolsonaro ressaltou que, ao analisar o vídeo com áudio, percebe-se que a voz do ex-presidente estava alterada, e que o laudo médico confirma o uso de medicação, o que levaria a uma negação da ciência por parte do ministro.
Em audiência recente, mantida a prisão, Bolsonaro declarou ter tomado medicamentos como sertralina e pregabalina, informações posteriormente confirmadas pela equipe médica.

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