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Flavio não vai assistir julgamento de Bolsonaro e vai se encontrar com Tarcísio

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou nesta terça-feira que não pretende acompanhar o julgamento de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é acusado de tentar dar um golpe de Estado. Pela manhã, Flávio presidiu a sessão da Comissão de Segurança Pública do Senado, onde ouviu o depoimento do ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Eduardo Tagliaferro.

À tarde, ele tem programado um encontro com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que, segundo Flávio, está profundamente envolvido nas negociações para anistiar os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro.

— Eu não vou assistir a esse espetáculo no STF. O Bolsonaro não estava em condições de saúde para comparecer. Depois vou me reunir com o Tarcísio, que é fiel ao Bolsonaro, e espero que nos próximos dias possamos apresentar o projeto de anistia. Ele está completamente dedicado a isso e vamos conversar — declarou.

No momento, Tagliaferro reside na Itália e será ouvido por vídeo.

Eduardo Tagliaferro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) por crimes que incluem tentativa de anular o Estado Democrático de Direito, violação de sigilo funcional, coação durante processo judicial e obstrução de investigação envolvendo organização criminosa. As penas somadas podem atingir até 22 anos de prisão.

Essa denúncia faz parte de um processo em andamento no STF. No documento, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, aponta que o ex-assessor tentou comprometer a legitimidade das eleições brasileiras e dificultou investigações de atos antidemocráticos. A decisão sobre aceitar ou não a denúncia cabe ao STF.

De acordo com a PGR, Tagliaferro agiu, de forma livre e consciente, entre 15 de maio de 2023 e 15 de agosto de 2024, ao violar o sigilo funcional revelando informações confidenciais à imprensa. Ele divulgou conversas sobre assuntos protegidos que manteve com servidores do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde atuava como Assessor-Chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, para beneficiar interesses ilegais de um grupo criminoso responsável por espalhar notícias falsas que atacam a confiabilidade do sistema eletrônico de votação e o trabalho do STF e do TSE, além de tentativas de golpe de Estado e eliminação violenta do Estado Democrático de Direito.

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