Economia
FMI aumenta previsão de crescimento mundial para 2025 devido a fraco impacto comercial dos EUA

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima sua previsão de crescimento econômico global para 2025, agora estimada em 3,2%, um aumento em relação aos 3% previstos anteriormente. Este ajuste positivo reflete um impacto menos severo do que o esperado das políticas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe do FMI, destacou que o efeito negativo das tensões comerciais no ritmo de crescimento mundial tem sido moderado até o momento. O setor privado também respondeu rapidamente às novas tarifas, ajudando a sustentar a economia global.
Além disso, avanços na inteligência artificial e medidas fiscais adotadas na Europa e na China contribuíram para manter o crescimento. Contudo, o FMI alerta para riscos potenciais devido à incerteza comercial contínua.
Desde sua volta ao cargo, Trump implementou tarifas contra importantes parceiros comerciais, como China e União Europeia, visando impulsionar a produção nacional. Ainda assim, a situação permanece volátil, com ameaças de elevação das tarifas por parte do governo americano.
Gourinchas também ressaltou que as tensões comerciais e a instabilidade política podem se intensificar a qualquer momento, exigindo atenção constante.
O FMI projeta que a inflação global continuará elevada, situando-se em 4,2% neste ano e caindo para 3,7% em 2026, com destaque para Estados Unidos e México.
Perspectivas para as principais economias
A economia dos Estados Unidos teve sua previsão de crescimento ajustada para 2% em 2025 e 2,1% em 2026, embora ainda represente uma desaceleração em comparação a 2024. Enquanto isso, a previsão para a China permanece estável, com crescimento estimado em 4,8% para este ano e uma desaceleração acentuada para 4,2% em 2026. Esta redução é atribuída à queda nas exportações líquidas, parcialmente compensada pelo estímulo da demanda interna.
Na América Latina, a previsão geral permanece em 2,4%, com o México apresentando melhora em sua projeção para 1%. O Brasil deve crescer 2,4%. A Índia e o Japão têm estimativas de crescimento de 6,6% e 1,1%, respectivamente.
Na Europa, a Alemanha deve sair da recessão com crescimento de 0,2% este ano, enquanto a França enfrenta uma desaceleração para 0,7%, agravada por sua crise política. Já a Espanha apresenta um cenário positivo, mantendo crescimento previsto de 2,9% para este ano e 2% em 2026.
Por fim, a continuidade do conflito na Ucrânia deverá provocar uma forte desaceleração na economia russa, que deve crescer apenas 0,6% neste ano, contra 4,3% em 2024.

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