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Fome cresce após enchentes na Indonésia
As severas enchentes e deslizamentos de terra na ilha de Sumatra, Indonésia, causaram mais de 900 mortes, conforme reportado pela agência nacional de gestão de desastres do país neste sábado (6). A situação preocupa ainda mais devido à falta de alimentos nas áreas afetadas, com temores de aumento no número de vítimas.
A combinação devastadora de dois ciclones tropicais juntamente com a temporada de monções resultou em cerca de 1.790 mortes em vários países do sudeste asiático, incluindo Indonésia, Sri Lanka, Malásia, Tailândia e Vietnã.
Dentre essas fatalidades, 908 ocorreram em Sumatra, uma ilha conhecida pelo turismo no oeste da Indonésia, enquanto mais de 400 pessoas ainda estão desaparecidas.
Segundo Muzakir Manaf, governador da província de Aceh, região severamente danificada do norte ao sul, muitas comunidades precisam urgentemente de itens essenciais. Ele enfatizou que “as pessoas não morrem pelas enchentes, mas pela fome”.
O serviço meteorológico local alerta para a possibilidade de novas chuvas em Aceh e Sumatra, onde casas foram soterradas pela água e lama.
Fachrul Rozi, uma das vítimas, relatou passar a semana passada em uma tenda improvisada com outras pessoas que fugiram das inundações, dividindo escassos mantimentos e vivendo em condições precárias. Já Munawar Liza Zainal, outro residente de Aceh, expressou seu desapontamento com a resposta do governo, que ainda não declarou estado de emergência nacional.
Na vizinha Sri Lanka, que solicitação auxílio internacional, o balanço atual é de 607 mortos e 214 desaparecidos. O presidente Anura Kumara Dissanayake descreveu o desastre como o mais grave já enfrentado pelo país.
Mais de dois milhões de pessoas foram impactadas pelo desastre no Sri Lanka, quase 10% da população local.
O governo anunciou auxílio financeiro que pode chegar a dez milhões de rúpias para famílias afetadas, permitindo a compra de terreno seguro e construção de novas moradias, além de compensações para familiares de vítimas fatais ou pessoas que ficaram com sequelas permanentes.
Mais de 71.000 residências foram danificadas, segundo o Centro de Gestão de Desastres.
O Fundo Monetário Internacional está avaliando o pedido do Sri Lanka para um empréstimo adicional de US$ 200 milhões para auxiliar no enfrentamento da crise atual, além dos US$ 347 milhões já programados para este mês.


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