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Foragida da Interpol usou faculdade na Argentina para enganar autoridades

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Thaynara Caroline Santos Pereira, acusada pela Justiça da Argentina de integrar uma organização criminosa, utilizou seu status de estudante em uma faculdade de Medicina naquele país para despistar as investigações policiais. Com um mandado de prisão ativo pela Interpol, a brasileira é suspeita de participar de um grupo que instalava dispositivos fraudulentos em caixas eletrônicos para desviar dinheiro das vítimas.

Segundo o processo argentino, os crimes ocorreram entre setembro de 2018 e junho de 2019. De acordo com a acusação, Thaynara recebia parte do dinheiro ilegalmente transferido em sua conta bancária na Argentina.

A Fundação Héctor Barceló, onde ela estava matriculada, informou que Thaynara cursou a faculdade até 2019. No entanto, embora constasse como estudante no sistema, ela já não residia no país desde o final daquele ano, tendo fugido para o Brasil. A defesa dela não foi localizada e permanece disponível para qualquer manifestação.

Prisão e liberação

Thaynara foi presa por policiais militares rodoviários durante uma operação na Rodovia Anchieta, em Santo André, região metropolitana de São Paulo, na tarde de segunda-feira (17/11). A verificação dos antecedentes mostrou o mandado de prisão da Interpol. Entretanto, poucas horas após a detenção, ela foi liberada pela Polícia Federal. Ela está entre as seis brasileiras listadas na difusão vermelha da Interpol.

Fuga revelada pelo Facebook

O tribunal recebeu uma resposta do Facebook indicando que o perfil vinculado à jovem, conhecido como Baxola, teve acessos realizados a partir do Brasil, contrariando sua condição de estudante residente na Argentina. Com essa informação, a Justiça decretou, em 2 de setembro de 2021, sua prisão internacional e autorizou a inclusão de seu nome na difusão vermelha da Interpol.

Intervenção do Ministério Público Federal

Em 2023, o Ministério Público Federal recomendou que a Justiça Federal em São Paulo concedesse um salvo-conduto a Thaynara, impedindo sua prisão exclusiva com base na difusão vermelha da Interpol. A recomendação surgiu após tentativas de agentes federais de cumprir a ordem internacional de captura no endereço de sua mãe em Santo André. O processo foi arquivado em dezembro de 2023.

Apesar da decisão judicial no Brasil, o nome de Thaynara continuava ativo na lista de difusão vermelha da Interpol no momento da publicação desta reportagem.

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