Economia
França aguarda UE finalizar acordo com Mercosul
O presidente francês, Emmanuel Macron, declarou na noite desta quinta-feira (23) que o país continua esperando que a Comissão Europeia finalize o trabalho para a implementação do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, enquanto Berlim pressiona para que isso aconteça o mais rápido possível.
No ano passado, União Europeia e o bloco sul-americano composto por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai concordaram em criar a maior área de livre comércio do mundo, reunindo cerca de 700 milhões de habitantes, e Bruxelas iniciou o processo de ratificação do tratado em setembro entre os países membros.
A Comissão Europeia, órgão executivo da UE, prometeu medidas de proteção rigorosas aos agricultores europeus, que se sentem ameaçados pelo acordo, tentando assim obter a aprovação da França, seu principal opositor.
“Contamos com cláusulas de salvaguarda, aumento dos controles aduaneiros, apoio à pecuária, várias medidas de acompanhamento e um controle mais rigoroso sobre os produtos sanitários e fitossanitários que entram em nosso território”, afirmou o presidente francês em entrevista coletiva em Bruxelas.
“Esperamos que tudo isso seja finalizado e aguardamos também a comunicação dessas medidas de salvaguarda e do acompanhamento essencial aos países do Mercosul”, complementou ele ao final de uma reunião do Conselho Europeu.
“Hoje, o governo francês, assim como os demais, espera essas respostas. Porém, tudo está se encaminhando para proteger os setores mais vulneráveis e também os consumidores da Europa”, continuou, expressando expectativa por uma solução “nas próximas semanas”.
O acordo com o Mercosul possui diversos apoiadores na Europa, como a Alemanha, que busca novos mercados para suas companhias, principalmente após o retorno de Donald Trump à presidência dos EUA e a implementação de tarifas.
O ministro das Relações Exteriores alemão, Friedrich Merz, afirmou que o Conselho Europeu aprovou nesta quinta-feira um cronograma que prevê, caso haja consenso entre os 27 países do bloco, a assinatura do acordo em 19 de dezembro.

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