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França e Alemanha pedem à UE que negocie com os EUA sobre tarifas

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França e Alemanha solicitaram neste sábado à União Europeia que negocie com os Estados Unidos após as declarações do presidente Donald Trump sobre a imposição de tarifas de 30% a partir de 1º de agosto sobre produtos europeus.

O presidente francês, Emmanuel Macron, expressou a forte desaprovação de seu país diante do anúncio do presidente americano e ressaltou que a UE deve estar pronta para responder com medidas retaliatórias às tarifas propostas.

Macron destacou que a UE tem negociado com Washington de forma contínua e com base em propostas sólidas e de boa fé, reforçando que a Comissão Europeia deve demonstrar firmeza na defesa dos interesses europeus.

Ele pediu à Comissão, responsável pelas negociações em nome dos 27 Estados-membros da UE, que agilize a preparação de medidas de retaliação eficazes, utilizando todos os recursos disponíveis, caso não se alcance um acordo com os Estados Unidos até 1º de agosto.

Por sua vez, a ministra da Economia da Alemanha, Katherina Reiche, solicitou que a UE utilize o tempo restante para negociar pragmaticamente uma solução com os EUA focada nos principais pontos de divergência.

A Alemanha enfrenta diretamente os efeitos das medidas comerciais americanas, já que sua economia depende intensamente das exportações para os EUA, principalmente nos setores químico, farmacêutico, automotivo, siderúrgico e de máquinas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que o bloco está ciente da comunicação de Trump e destacou que as tarifas anunciadas podem prejudicar empresas, consumidores e pacientes de ambos os lados do Atlântico. Os embaixadores da UE planejam se reunir para discutir a questão comercial.

Von der Leyen declarou que o bloco continua aberto a negociações até 1º de agosto, mas tomará as medidas necessárias para proteger seus interesses, incluindo a adoção de contramedidas proporcionais se for preciso.

A Federação das Indústrias Alemãs (BDI) reagiu à mensagem do presidente americano, pedindo que EUA e UE busquem soluções para as tarifas e alertando que a ação de Trump é um aviso para a indústria dos dois lados do Atlântico.

Na Itália, o sindicato agrícola Coldiretti avaliou que as tarifas de 30% podem acarretar perdas de até € 2,3 bilhões (US$ 2,68 bilhões) para as famílias americanas e para a indústria agroalimentar italiana.

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