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França investiga ministra por joias não declaradas

A justiça da França está investigando Rachida Dati, ministra da Cultura, por não declarar certas joias em seu inventário patrimonial, conforme informou o Ministério Público de Paris nesta terça-feira, 16 de abril.
Funcionários do governo são obrigados a revelar seus bens e investimentos à Alta Autoridade para a Transparência da Vida Pública (HATVP) ao assumirem seus cargos.
Em abril, o jornal Libération informou que Dati não declarou joias avaliadas em 420.000 euros, equivalentes a cerca de 2,6 milhões de reais. O jornal Blast estimou que essas joias valem aproximadamente 600.000 euros, cerca de 3,7 milhões de reais.
Políticos devem declarar joias se o valor ultrapassar 10.000 euros.
No início de maio, a ministra afirmou na rádio France Inter que não tem nada a corrigir e que nunca cometeu erro em suas declarações.
A última declaração pública de Dati, datada de junho de 2024, indicava um patrimônio de aproximadamente 5,6 milhões de euros, incluindo imóveis na França e no Marrocos, contas bancárias, seguros de vida e outros produtos financeiros.
O Ministério Público confirmou que o inquérito foi aberto após denúncias de possíveis irregularidades.
Dati, que é candidata conservadora à prefeitura de Paris em eleições marcadas para março, também enfrenta acusações de corrupção e tráfico de influência em conexão com o ex-diretor da Renault-Nissan, Carlos Ghosn. A data do julgamento será divulgada em 29 de setembro.
A ministra, que é filha de imigrantes norte-africanos de origem humilde, nega as acusações que lhe foram feitas.

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