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França lidera plano de 2,5 bilhões de dólares para salvar floresta do Congo

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Vários países europeus estão colaborando em um plano de 2,5 bilhões de dólares com o objetivo de preservar a floresta tropical no Congo, conforme revelado em documento obtido pela Reuters. Esta iniciativa representa um projeto de conservação que poderá desviar parte da atenção da principal ação da 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, conhecida também como a Conferência das Partes ou COP30 no Brasil.

A mobilização de recursos financeiros para proteger e restaurar as últimas grandes florestas tropicais do planeta é um tema central nas negociações climáticas realizadas pela ONU. A edição deste ano, sediada na Amazônia brasileira, destacou a urgência em combater as emissões geradas pelo desmatamento descontrolado.

A ação é liderada pela França, com o apoio da Alemanha, Noruega, Bélgica e Reino Unido, que juntos criaram a iniciativa intitulada “The Belem Call for the Forests of the Congo Basin”. O grupo espera levantar fundos para auxiliar os países da região na proteção da segunda maior floresta tropical do mundo. O documento, redigido em francês e datado de 6 de novembro, foi assinado por essas cinco nações europeias.

Segundo o documento, os doadores se comprometem a mobilizar mais de 2,5 bilhões de dólares nos próximos cinco anos, além das verbas internas que os países da África Central destinarão para a proteção e o manejo sustentável das florestas na Bacia do Congo.

Além do aporte financeiro, os signatários visam apoiar os países africanos na redução do desmatamento por meio do uso de tecnologia, capacitação e parcerias estratégicas.

O Congo, a Amazônia (que é a maior floresta tropical do mundo) e a bacia de Bornéu-Mekong-Sudeste Asiático (a terceira maior) enfrentam ameaças crescentes devido à expansão agrícola, extração de madeira, mineração e outras atividades econômicas.

Embora a proteção da floresta do Congo tenha ganhado destaque por sua capacidade de absorver mais gases de efeito estufa em comparação a outras florestas, o anúncio da nova iniciativa gerou preocupações por competir com o foco do Brasil em um fundo global para florestas, que é uma peça-chave da agenda brasileira na COP30.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) como uma importante ferramenta para o financiamento climático, pois transforma doações em investimentos com maior potencial de escala.

Um diplomata familiarizado com ambas as propostas observou que, na teoria, os dois fundos são bastante distintos, com o TFFF oferecendo pagamentos anuais aos países com florestas tropicais sem restrições. No entanto, ele destacou que a existência de dois fundos rivais poderia gerar desafios políticos.

Na mesma data, a Noruega comprometeu-se a investir 3 bilhões de dólares no TFFF, a maior contribuição até o momento. A França também manifestou a possibilidade de aportar até 500 milhões de euros para a iniciativa brasileira.

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