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Frejat e Rollemberg partem para o ataque

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Rodrigo Rollemberg

O debate entre os candidatos ao Governo do Distrito Federal, promovido pela Rede Record de Televisão, foi mais uma vez marcado por troca de acusações, em meio à defesa de propostas. Jofran Frejat (PR) e Rodrigo Rollemberg (PSB) se encontram a exatos sete dias do pleito que possibilitará aos eleitores brasilienses escolher o novo chefe do Executivo local.

No primeiro bloco, Frejat usou como estratégia tentar vincular a imagem de Rollemberg à do atual governador Agnelo Queiroz (PT). “Mas o PR, de Frejat, integrou o governo Agnelo até abril”, disse Rollemberg. A principal crítica do candidato do PSB às propostas do adversário foi sobre a redução das tarifas de ônibus do DF para R$ 1. Para Rollemberg, a proposta é eleitoreira, pelo fato de que não há como o candidato bancar o subsídio. “Sou a favor da tarifa zero, mas não é possível implementá-la nesse momento. Sua proposta, a dez dias das eleições, é eleitoreira”, acusou, dizendo que Frejat precisaria aumentar impostos como o IPTU e o IPVA. “Não tente governar por mim, Rodrigo”, respondeu Frejat. “Quem vai decidir de onde sairão os recursos sou eu”, completou.

Frejat citou um trecho de um discurso proferido por Rollemberg na Câmara, quando o senador era deputado federal, no qual o peesebista elogia o hoje candidato pelo PR. “Você estava mentindo antes ou agora?”, provocou Frejat. “Eu tinha uma outra imagem de você. Só vi quem você é agora, na campanha”, justificou o peesebista.

O candidato do PR chegou a acusar Rollemberg de usar o cargo de parlamentar para beneficiar parentes. Citou que o adversário, como deputado federal, fez emendas de quase R$ 3 milhões direcionadas ao Ministério da Cultura. E prosseguiu com acusações: “Sua esposa Márcia liberou dinheiro de suas emendas para a empresa de sua cunhada. Para a ONG de sua tia Julieta, para a associação dirigida pelo seu compadre Paulo Sérgio. Essa denúncia não é minha. Foi feita pelo Diretório-Geral dos estudantes da UnB. Está sob investigação do Ministério Público”. Rollemberg teve, quase ao final do debate, o direito de resposta, no qual negou a acusação. “Lamento. Jofran, que você utilize mentiras envolvendo minha familia. Não faça isso”.

No segundo bloco, os dois candidatos fizeram perguntas entre si sobre temas sorteados pelo apresentador. Um dos temas em destaque foi como seria a gestão do futuro governador em relação às cidades do Entorno do DF. Jofran questionou como Rollemberg cuidaria da região. Rollemberg ressaltou os recursos que conseguiu para a região, como senador, e explicou que é necessário “assumir a liderança em relação ao Entorno”. Falou em buscar parcerias com o governo de Goiás e buscar recursos junto à União para melhorar a situação dos moradores da região.

Os dois também responderam a perguntas feitas por eleitores pelo Whatsapp. Uma professora questionou quais seriam as realizações feitas pelo governo para a categoria nos próximos quatro anos de governo. Rollemberg prometeu educação integral, mais professores permanentes e temporários e valorização dos docentes. Frejat assegurou como fundamentais o plano de carreira para docentes, bolsa universitária, ensino tecnológico e a criação da universidade do DF.

Sobre a questão da moradia, Jofran Frejat afirmou que pretende regularizar condomínios e impedir novas invasões. A respeito do mesmo tema, Rollemberg explicou que uma das propostas é aperfeiçoar o Programa Morar bem, além de iniciar o processo de regularização dos condomínios. Quando os candidatos debateram sobre o Entorno do Distrito Federal, Rollemberg disse que, como senador, contribuiu com a chegada de recursos para “investimos em infraestrutura, educação e saúde” na região, afirmou. Em resposta, Frejat disse que o governo do qual Rollemberg fez parte abandonou a região. Além desses temas, os candidatos falaram sobre a criação de creches, saúde e educação.

Nas considerações finais, tanto Rodrigo Rollemberg (PSB) quanto Jofran Frejat (PR) aproveitaram os dois minutos para falar de propostas e desqualificar o adversário. Rodrigo Rollemberg tentou se desvencilhar da imagem de Agnelo e aproveitar para alfinetar a coligação de Frejat: “Não queremos continuar com a ineficiência e a incompetência do atual governo, nem voltar com a corrupção da gestão anterior”. O candidato do PR disse que “Rollemberg é um Agnelo dois”. Jofran Frejat ainda aproveitou para reiterar que o foco de seu governo será, além da tarifa de R$ 1 para ônibus, regularizar condomínios e acabar com a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis).

Fonte: Correio Web

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