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Funcionários da Caixa Econômica Federal do DF encerram greve

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Bancários aceitaram proposta, mas queriam discutir questões específicas. Eles pediam 16% de aumento; trabalhadores do BRB permanecem parados.

Bancários da Caixa Economômica Federal decidiram em assembleia na tarde desta terça-feira (27) terminar a greve da categoria, iniciada em 6 de outubro. Os trabalhadores aprovaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste de 10%, mas não encerraram a paralisação nesta segunda (26), como a maior parte dos bancários, porque queriam discutir pautas específicas de empregados da instituição.

A categoria pedia 16% de aumento. Segundo o Sindicato dos Bancários, os trabalhadores voltam ao serviço nesta quarta-feira (28). Trabalhadores do Banco de Brasília (BRB) continuam parados.

Os bancários da Caixa Econômica já haviam aceitado a proposta de reajuste, mas queriam discutir questões específicas do banco, como investigação de casos de assédio moral e plano de previdência dos funcionários.

Os empregados do BRB permanecem em greve por tempo indeterminado. Eles não aceitaram a proposta da Fenaban. Nesta terça, trabalhadores do banco realizaram um protesto em frente ao Edifício Brasília, na sede da agência matriz.

Segundo o Sindicato dos Bancários do DF, o governo e a diretoria do BRB não apresentaram nova proposta. Por volta das 18h, delegados sindicais do banco estavam em reunião para debater os rumos do movimento.

Agência da Caixa Econômica Federal do DF fechada durante greve dos bancários (Foto: Lucas Nanini/G1)

Agência da Caixa Econômica Federal do DF fechada durante greve dos bancários (Foto: Lucas Nanini/G1)

Segundo o Sindicato dos Bancários do DF, 2,2 mil trabalhadores de bancos públicos e privados participaram da assembleia no Setor Bancário Sul nesta segunda-feira.

Reajuste salarial de 10%
A última proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaba) era de reajuste salarial de 10%, aplicáveis aos salários, benefícios e participação nos lucros e correção de 14% no vale-refeição e no vale-alimentação.

Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), os bancos aceitaram também abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas. Assim, após a volta ao trabalho, os bancários irão compensar, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro.

Inicialmente, os bancos ofereceram um reajuste de 5,5%, enquanto os bancários reinvindicavam uma correção de 16% nos salários.

“A nova proposta da Fenaban, apresentada no 19º dia da greve, significa a manutenção do modelo que vinha sendo colocado em prática nos últimos anos, de reposição integral da inflação mais aumento real e abono parcial dos dias parados”, informou a Contraf, em nota.

Greves em 2013 e em 2014
No ano passado, os bancários fizeram uma greve entre 30 de setembro e 06 de outubro. Os trabalhadores pediam em reivindicação inicial reajuste salarial de 12,5%, além de piso salarial de R$ 2.979,25, PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247 e 14º salário. A categoria também pedia aumento nos valores de benefícios como vale-refeição, auxílio-creche, gratificação de caixa, entre outros. A greve foi encerrada após proposta da Fenaban de reajuste de 8,5% nos salários e demais verbas salariais, de 9% nos pisos e 12,2% no vale-refeição.

Em 2013, os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias, que foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real de 1,82%. A duração da greve na época fez a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) pedir um acordo para o fim da paralisação, temendo perdas de até 30% nas vendas do varejo do início de outubro.

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