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Furacão Melissa causa estragos em Cuba e Jamaica

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O poderoso furacão Melissa atingiu o leste de Cuba nesta quarta-feira (29), trazendo ventos com velocidade máxima de 195 km/h, após perder força e ser rebaixado para categoria 3, quando passou pela Jamaica, que enfrentou ventos intensos e chuvas fortes.

O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC) classificou o furacão como “extremamente perigoso” ao alcançar Cuba, precedido pela passagem devastadora na Jamaica, considerada uma “zona de desastre” pelas autoridades locais.

“Melissa tocou terra na província de Santiago de Cuba, perto da localidade de Chivirico”, informou o NHC em seu boletim mais recente às 7h10 GMT (4h10 de Brasília).

O ciclone, que pouco tempo antes havia alcançado categoria 4, causou 10 mortes distribuídas pela Jamaica, Haiti, Panamá e República Dominicana.

De acordo com o NHC, o furacão deve permanecer forte durante seu trajeto por Cuba.

As autoridades cubanas relataram que cerca de 735.000 pessoas deixaram suas casas, especialmente nas províncias de Santiago de Cuba, Holguín e Guantánamo.

Em El Cobre, região de Santiago de Cuba, equipes de Proteção Civil trabalham para resgatar 17 pessoas isoladas devido a enchentes e deslizamentos causados por fortes chuvas.

Moradora local, Floraina Duany, expressou sua esperança para que o furacão não cause grandes danos, dirigindo-se à Virgem do Cobre, padroeira de Cuba.

Melissa atingiu a Jamaica por volta do meio-dia de terça-feira como furacão de categoria 5, com ventos que chegaram a 295 km/h, sendo o mais violento registrado na ilha até hoje. A tempestade demorou a atravessar a Jamaica, o que diminuiu sua intensidade para categoria 3, antes de se fortalecer novamente.

O primeiro-ministro Andrew Holness declarou a Jamaica em estado de desastre e avisou que os moradores precisam permanecer em segurança devido ao risco persistente de enchentes e deslizamentos de terra.

Moradora da região sudoeste da Jamaica, Lisa Sangster descreveu os danos à sua casa, incluindo o telhado arrancado e a inundação total, bem como a destruição das construções externas.

Em Kingston, a capital, os impactos foram menores, segundo Mathue Tapper, morador local. Apesar disso, a preocupação persiste especialmente nas áreas rurais.

Autoridades alertaram a população para o cuidado com crocodilos que podem representar perigo devido às inundações.

A intensidade de Melissa supera furacões como o Katrina, que devastou Nova Orleans em 2005.

Antes do impacto, o primeiro-ministro Holness já havia alertado sobre os danos que um furacão de categoria 5 poderia causar, afirmando que poucas infraestruturas na região poderiam resistir.

Anne-Claire Fontan, da Organização Meteorológica Mundial, classificou Melissa como a tempestade mais severa enfrentada pela Jamaica até o momento.

A ONU anunciou o envio urgente de cerca de 2.000 kits de emergência para a Jamaica a partir de Barbados.

Estado de alerta em Cuba

Seis províncias cubanas declararam situação de alerta: Granma, Las Tunas, Holguín, Camagüey, Santiago de Cuba e Guantánamo.

Desde segunda-feira, moradores estocam suprimentos e reforçam suas casas. Atividades escolares e não essenciais foram suspensas.

Previsões indicam até um metro de chuva, com risco de enchentes e deslizamentos também no Haiti e República Dominicana.

No Haiti, escolas, comércios e escritórios foram fechados na quarta-feira como medida preventiva.

Cientistas alertam que as mudanças climáticas provocadas pelo homem têm intensificado e tornado mais frequentes grandes tempestades.

O meteorologista Kerry Emanuel destacou que o aquecimento global contribui para a rápida intensificação das tempestades como a Melissa, elevando o perigo de chuvas extremas.

Segundo ele, “A água é responsável por mais mortes do que os ventos”.

O último furacão significativo a atingir a Jamaica foi o Beryl, em julho de 2024, uma tempestade anormalmente forte para essa época do ano.

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