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Furacão Melissa enfraquece após matar 50 no Caribe

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O furacão Melissa estava se afastando rapidamente das Bermudas nesta sexta-feira (31), depois de causar a morte de ao menos 50 pessoas durante sua passagem pelo Caribe com uma intensidade extraordinária.

Considerada a tempestade mais severa a atingir as ilhas do Caribe em quase cem anos, Melissa diminuiu sua força e espera-se que alcance o nordeste dos Estados Unidos e o leste do Canadá nas últimas horas desta sexta-feira, já classificada como um ciclone extratropical, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC) em seu boletim mais recente.

“Após a transformação de Melissa em um ciclone pós-tropical, pode haver um breve período de chuvas fortes e rajadas de vento nesta noite na parte sul da península de Avalon, em Terranova”, acrescentou o órgão americano.

Em países como Cuba, Jamaica, Haiti e República Dominicana, as inundações podem continuar em níveis elevados, enquanto nas Bahamas a tendência é de queda, conforme o NHC.

Melissa tornou-se a tempestade mais intensa a atingir a terra em 90 anos na última terça-feira, quando atingiu a Jamaica com ventos de 300 km/h, segundo análise de dados meteorológicos do Escritório Nacional de Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos.

A força e o poder destrutivo do furacão foram ampliados pelas mudanças climáticas causadas por atividades humanas, de acordo com estudo do Imperial College de Londres.

Por essa razão, Simon Stiell, secretário-executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, enfatizou a necessidade de aumentar as medidas de combate às mudanças climáticas em todas as áreas.

Avaliação dos Danos

Os cidadãos de Jamaica e Cuba estavam analisando os estragos, embora a tarefa possa levar dias devido aos bloqueios nas estradas e aos sistemas de comunicação comprometidos.

O governo jamaicano confirmou que o número de mortes causadas pelo furacão Melissa chegou a 19, onde a tempestade atingiu como furacão de categoria 5, a mais alta da escala Saffir-Simpson.

Já a agência de defesa civil do Haiti, apesar de o país não ter sido diretamente atingido pelo furacão, relatou 30 mortos e 20 desaparecidos após registrar fortes chuvas. A maioria das fatalidades ocorreu devido a uma enchente súbita no sudoeste do país.

Em Santiago de Cuba, segunda maior cidade do país, houve desabamentos de casas, quedas de energia elétrica e cabos de alta tensão no chão.

“Este ciclone nos matou pois deixou tudo destruído”, declarou à AFP Felicia Correa, residente em La Trampa, cerca de 20 km a leste de Santiago de Cuba.

“Já enfrentávamos dificuldades graves. Agora, estamos em situação ainda pior”, completou a senhora de 65 anos.

As autoridades cubanas informaram que aproximadamente 735.000 pessoas foram evacuadas, especialmente das províncias de Santiago de Cuba, Holguín e Guantánamo.

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, que visitou Holguín, uma das regiões mais afetadas, declarou que o furacão causou “danos significativos”, mas sem vítimas fatais até o momento.

O governo dos Estados Unidos anunciou o envio de equipes para resgate e apoio à Jamaica, Haiti, República Dominicana e Bahamas, além de oferecer ajuda humanitária a Cuba, com quem mantém histórico de rivalidade ideológica.

“Os Estados Unidos estão prontos para fornecer ajuda humanitária imediata ao valoroso povo cubano”, afirmou no Twitter o secretário de Estado americano, Marco Rubio.

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