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Fux permanece quieto durante sessão cheia de piadas e recados sobre seu voto
Após votar, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, enfrentou uma sessão onde os colegas retribuíram as críticas. Depois de revelar um acordo nos bastidores e avisar de forma ríspida que não gostaria de ser interrompido durante seu voto, que durou mais de 12 horas, Fux teve que manter sua posição nesta quarta-feira, 11, em meio a uma sessão marcada por piadas e mensagens dirigidas a ele.
Fux foi o único a não intervir para debater temas técnicos com a ministra Cármen Lúcia sobre seu voto e a denúncia, mantendo-se calado, olhando para baixo, mexendo em papéis e mostrando uma expressão séria, evidenciando seu isolamento no colegiado.
Os outros ministros interagiram entre si com mais leveza, sempre atentos à ministra Cármen Lúcia. Às 15h42 da quinta-feira, Fux saiu do plenário por cerca de cinco minutos.
Fux voltou e tentou iniciar conversa com o ministro Dino, mas ambos mostraram discordância, exemplificada pelo gesto de negação do ministro Dino. Esta foi a única interação entre Fux e algum colega durante a sessão.
Fux só mudou de postura quando o ministro Alexandre de Moraes pediu a palavra para reforçar a acusação da ministra Cármen Lúcia de que o ex-presidente Jair Bolsonaro liderou uma organização criminosa. Durante a apresentação de vídeos que mostravam atitudes golpistas, Fux prestou atenção, mas depois voltou a se concentrar nos documentos em sua bancada.
Conforme esperado, a sessão foi utilizada pelos demais membros da Primeira Turma para contestar o voto de Fux, que na sessão anterior havia bloqueado debates colegiados. No entanto, por sua própria decisão, Fux permaneceu em silêncio enquanto os colegas discutiam, acompanhado de piadas entre eles.
Logo no início, a ministra Cármen Lúcia e o ministro Dino divertiram a audiência com uma conversa que continha indiretas para Fux. Dino disse que prefere votar rapidamente para poder fazer vários comentários nos votos dos colegas, ao que Cármen brincou se ele usaria tudo contra ela, provocando risadas na Primeira Turma.
O clima descontraído contrastou com a tensão da sessão anterior, marcada pelo longo voto de mais de 12 horas de Fux, que incluiu críticas às opiniões anteriores dos demais ministros.

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