Economia
G7 agenda Ucrânia e controle da China sobre minerais
Os ministros das Relações Exteriores do G7 se encontram nesta terça-feira (11) no Canadá, voltando seu foco principalmente para a Ucrânia, com a esperança de um consenso frente à resistência russa, apesar das negociações estarem paradas.
A reunião acontece na região de Niágara e será o segundo encontro do ano entre os chefes da diplomacia da Alemanha, Reino Unido, Canadá, França, Itália, Japão e Estados Unidos.
Além dos membros do G7, também participam representantes da África do Sul, Austrália, Brasil, Índia, México, Coreia do Sul e Arábia Saudita.
Anita Anand, a ministra canadense das Relações Exteriores e anfitriã da cúpula, declarou que o Canadá valoriza o diálogo multilateral, especialmente em um contexto tão instável e complexo.
Porém, Anand não assegurou avanços tangíveis sobre a Ucrânia, apesar da expectativa de um comunicado final conjunto.
Nas últimas semanas, a Ucrânia sofreu ataques russos amplos contra sua infraestrutura energética, enquanto as negociações continuam sem progresso.
Um tema possível na agenda é a discussão sobre o financiamento das necessidades ucranianas nos próximos anos com o uso de ativos russos congelados.
O encontro ocorre pouco após os Estados Unidos aplicarem novas sanções em outubro contra as duas maiores empresas petrolíferas russas, Rosneft e Lukoil.
Na reunião anterior do G7, os líderes mal discutiram a crise da Ucrânia e não chegaram a um acordo para adotar uma postura mais firme contra a Rússia, mesmo com a presença do presidente Volodimir Zelensky.
Tensões bilaterais
Entretanto, as negociações podem ser impactadas pelas tensões comerciais entre Canadá e Estados Unidos.
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, chega ao Canadá na tarde de terça-feira, em meio a um período de tensão entre os países vizinhos.
Donald Trump, então presidente dos EUA, anunciou o fim das negociações comerciais bilaterais em 24 de outubro.
Rubio e Anand têm uma reunião marcada para quarta-feira (12), o último dia do encontro em Niágara, mas o comércio não estará entre os temas discutidos.
Anand afirmou: “Teremos um encontro para tratar diversos assuntos globais em conjunto. As negociações comerciais estão a cargo de outros ministros”.
Segurança econômica e minerais críticos
Para Washington, a segurança econômica e os minerais essenciais terão um papel central na agenda de dois dias.
A China mantém um domínio quase total no mercado de processamento e refino de minerais estratégicos, principalmente das terras raras indispensáveis às tecnologias avançadas.
No mês anterior, o G7 lançou uma série inicial de projetos colaborativos para reforçar sua capacidade de refino externa à China.
Um alto funcionário do Departamento de Estado declarou: “Cresce a concordância entre nossos parceiros e aliados de que a segurança econômica é parte integrante da segurança nacional, e que essas duas estão interligadas”.

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