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Gabinete de Zambelli mantém custos altos mesmo com prisão e mandato ativo
Condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e detida na Itália, país para o qual fugiu, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) faz com que a Câmara dos Deputados tenha gastos superiores a R$ 100 mil mensais mantendo seu gabinete.
Na última quinta-feira (11), a Câmara contrariou a decisão do STF ao rejeitar a cassação do mandato da parlamentar bolsonarista.
Em outubro, mesmo com a ausência de Zambelli fisicamente, seu gabinete gerou um custo de R$ 103,2 mil, valor destinado ao pagamento de funcionários e manutenção da estrutura. A parlamentar, contudo, não recebeu seu salário, pois a remuneração foi suspensa após a revelação de sua situação no exterior.
Se esses custos se mantiverem, os gastos totais com o gabinete da deputada presa podem ultrapassar R$ 1 milhão até o final do mandato, que ainda possui mais de um ano pela frente.
Zambelli foi sentenciada a dez anos de prisão por liderar a invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), decisão que se tornou definitiva em junho. Na madrugada entre quarta e quinta-feira, a Câmara negou a perda automática do mandato, contrariando a sentença.
No despacho que determinou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro Alexandre de Moraes ressaltou que a fuga do país por Zambelli, Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) justificava a manutenção de Bolsonaro em regime fechado.
“Além das graves evidências da tentativa de fuga do réu Jair Messias Bolsonaro, é fundamental destacar que seus aliados Alexandre Ramagem Rodrigues e Carla Zambelli, ambos condenados por esta Suprema Corte; assim como seu filho, Eduardo Nantes Bolsonaro, denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no STF, também utilizaram a estratégia de evasão do território nacional para evitar a aplicação da lei penal”, escreveu Moraes.

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