Conecte Conosco

Centro-Oeste

Gasolina fica mais barata no Distrito Federal após pedido de investigação da AGU à PF

Publicado

em

Os preços da gasolina nos postos do Distrito Federal diminuíram depois de uma alta significativa na semana anterior. O litro, que havia chegado a R$ 6,89, agora está sendo vendido entre R$ 6,53 e R$ 6,45 na quarta-feira (9/7).

Essa redução aconteceu poucos dias após a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitar que a Polícia Federal (PF) investigasse possíveis práticas que impedem a livre concorrência no mercado de combustíveis.

Segundo a AGU, existem suspeitas de que distribuidoras e revendedores não estariam repassando as diminuições nos preços feitas pelas refinarias aos consumidores.

Na Asa Norte e Asa Sul, a maioria dos postos comercializa a gasolina a R$ 6,45 o litro. No posto Petrobras localizado na divisa entre Santa Maria e Novo Gama (GO), o valor caiu de R$ 6,89 para R$ 6,53, igualando-se aos preços dos postos próximos.

Sindicato comenta sobre a queda de preços

Paulo Tavares, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), afirmou que a redução dos valores não está relacionada ao pedido da AGU para investigar o mercado. Segundo ele, o aumento anterior nos preços da gasolina se deveu ao reajuste dos valores por parte das distribuidoras, que não explicaram os motivos.

O principal aumento ocorreu no preço do álcool anidro, que subiu mais de R$ 0,20 nas últimas semanas. Isso provocou uma disputa de preços entre os postos.

Paulo Tavares explicou que duas grandes redes que controlam cerca de 100 postos no Distrito Federal decidiram absorver o aumento do álcool anidro, assumindo prejuízo. Após alguns dias, os outros postos que haviam aumentado seus preços para cobrir o reajuste também tiveram que reduzir para igualar os valores das redes.

Esses eventos ocorreram principalmente nos postos das redes Melhor e Ipiranga, em Santa Maria, onde o preço da gasolina estava em R$ 6,53 o litro.

Investigação sobre práticas comerciais

A AGU declarou ter recebido documentos que indicam condutas que prejudicam a livre concorrência na formação dos preços de gasolina, óleo diesel e GLP ao longo da cadeia de fornecimento, principalmente nas fases de distribuição e revenda.

Uma nota do Departamento de Combustíveis Derivados de Petróleo, do Ministério de Minas e Energia, alerta que os agentes de distribuição e venda de combustíveis no Brasil geralmente não ajustam seus preços na mesma proporção que as refinarias, prejudicando os consumidores.

A AGU enviou o pedido de investigação para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Polícia Federal, Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça e Segurança Pública e para a Procuradoria Nacional da União de Patrimônio Público e Probidade, vinculada à Procuradoria-Geral da União (PGU).

Clique aqui para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe um Comentário

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados