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Gastos elevados de Eduardo Bolsonaro após mudança para os Estados Unidos

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O gabinete do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) acumulou despesas próximas de R$ 1 milhão com os salários dos seus servidores desde que ele se mudou para os Estados Unidos, no final de fevereiro.

Conforme dados disponíveis no site da Câmara dos Deputados, o deputado tem utilizado mensalmente um valor em torno de R$ 132 mil, quase atingindo o total da verba disponível, que é de R$ 133 mil por mês.

Atualmente, o gabinete do parlamentar conta com nove empregados, cujos salários variam entre R$ 7,5 mil e R$ 23,7 mil. O maior salário é destinado a Eduardo Nonato de Oliveira, pessoa de confiança do deputado.

Outro integrante importante da família Bolsonaro é Telmo Broetto, que já foi agente da Abin e assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atuando como secretário parlamentar. O filho dele, Bernardo Broetto, veterinário, também foi contratado para a mesma função.

Eduardo Bolsonaro deixou o Brasil em 27 de fevereiro deste ano, e desde então tem buscado apoiar iniciativas junto ao governo americano que vão contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o governo brasileiro.

Em 20 de março, ele solicitou uma licença de 120 dias na Câmara e recebeu salário correspondente a R$ 46 mil. Após o término da licença não remunerada, em julho, voltou a receber da Casa um valor total de R$ 17 mil.

Em agosto, foi notificado com uma cobrança de R$ 13,9 mil por ausências não justificadas em votações. O nome do parlamentar também foi incluído na Dívida Pública da União, conforme decisão da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), atendendo a pedido da Câmara dos Deputados.

Durante o período em que esteve nos Estados Unidos, não houve gastos com a cota parlamentar destinada às despesas do gabinete.

O deputado acumula até o momento 46 faltas sem justificativa e pode perder o mandato caso falte a mais de um terço das sessões sem explicação. O partido PL tentou nomear Eduardo Bolsonaro como líder da minoria, o que impediria o registro das ausências, mas o pedido foi rejeitado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Atuação parlamentar e presença

Embora o gabinete esteja ativo, a produção legislativa do deputado é bastante limitada, registrando apenas propostas feitas em conjunto com outros parlamentares. Em setembro, Eduardo enviou um requerimento à Mesa Diretora afirmando que votou a favor do regime de urgência no projeto de anistia.

No requerimento, ele explicou dificuldades técnicas para registrar presença e votos nas sessões semipresenciais, alegando problemas não esclarecidos pela presidência da Câmara e órgãos relacionados.

Ao longo do ano, ele participou de apenas 11 votações nominais e fez um discurso no plenário. Questionado pela reportagem sobre as atividades desenvolvidas pelos funcionários de seu gabinete, não houve resposta, embora o espaço para manifestação permaneça aberto.

Apesar de sua atuação limitada no plenário, Eduardo Bolsonaro mantém forte presença nas redes sociais. No dia 20 de novembro, declarou que a redução parcial das tarifas americanas sobre produtos brasileiros não está relacionada ao trabalho diplomático do Itamaraty, mas sim a interesses internos do governo dos Estados Unidos, especificamente a inflação americana.

Durante a licença de Eduardo, entre março e julho, o deputado Missionário José Olímpio (PL) assumiu sua vaga, porém com desempenho discreto. Dois funcionários estiveram registrados em seu gabinete nesse período, incluindo Eduardo Nonato de Oliveira, que posteriormente retornou ao escritório do deputado.

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