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Gayer mostra áudios de ministros do STF e fala em inglês na Paulista

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) apresentou trechos de áudios de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e encerrou seu discurso com uma mensagem em inglês para a imprensa internacional durante um evento em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, neste domingo (29/6). O ato foi transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do Metrópoles. Durante o discurso, Gayer acusou ministros de perseguirem Bolsonaro enquanto reproduzia falas de Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luís Roberto Barroso e Carmen Lúcia.
O primeiro áudio reproduzido foi do ministro Alexandre de Moraes, onde ele afirmou que “a internet deu voz aos imbecis” durante um discurso em 2022 no Congresso Brasileiro de Magistrados, em Salvador. Após o áudio, Gayer contrapôs: “A internet deu voz aos imbecis? A internet deu voz ao povo. As redes sociais desmontaram antigas estruturas de poder e hoje todos podem expressar suas opiniões”, declarou.
Em seguida, o deputado apresentou um áudio do ministro Flávio Dino, que declarou que “o tempo da autorregulação e da ausência de regulação, onde a liberdade de expressão era um valor absoluto, acabou no Brasil”. Essa fala foi feita em 2023 durante reunião sobre ameaças virtuais em escolas brasileiras. Gayer afirmou que a liberdade de expressão não acabou e que estarão nas ruas defendendo o país e a liberdade sempre que necessário.
Gustavo Gayer também reproduziu uma fala do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que afirmou “Nós derrotamos a censura! Nós derrotamos a tortura! Nós derrotamos o bolsonarismo!” em discurso na União Nacional dos Estudantes em julho de 2023. O deputado rebateu dizendo que o bolsonarismo está mais forte do que nunca.
A última gravação foi da ministra Carmen Lúcia, que declarou em votação recente que não se pode permitir que o Brasil seja governado por 213 milhões de “pequenos tiranos soberanos”, referindo-se à responsabilidade das redes sociais. Gayer declarou que a ministra votou para censurar o povo brasileiro e que eles continuam lutando contra os tiranos e são perseguidos por isso.
Ao final do discurso, Gayer pediu licença para o presidente Bolsonaro e se dirigiu à audiência em inglês, citando que o mundo está observando o que acontece no Brasil. Ele afirmou que o povo brasileiro é amante da liberdade, que as ruas estão novamente ocupadas para defender essa liberdade, e que o país está à beira de uma ditadura que está sendo combatida por Bolsonaro, que estaria se sacrificando pela população. Ele alertou que o sistema judicial brasileiro representa o maior risco à democracia, mas afirmou que a luta continuará.
Ao final do ato, o ex-presidente Jair Bolsonaro usou o slogan do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizendo “Make Brazil great again”.
Este é o sexto chamado de Bolsonaro a seus apoiadores desde que deixou a presidência no final de 2022. O tema da manifestação foi “Justiça Já” e focou em críticas ao julgamento de Bolsonaro no STF pela suposta tentativa de golpe de Estado.
Os bolsonaristas começaram a se reunir na manhã do dia do ato na Avenida Paulista, carregando bandeiras do Brasil, Israel e Estados Unidos, além de cartazes destinados a Donald Trump. Dentre os aliados presentes estavam o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e parlamentares como Flávio Bolsonaro (PL), Bia Kicis (PL) e a presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Caroline de Toni (PL).
Segundo dados do Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) da USP, as manifestações de apoio a Bolsonaro têm apresentado uma queda na adesão ao longo do tempo. Em 25 de fevereiro do ano anterior, cerca de 185 mil pessoas estiveram na Avenida Paulista. Em 6 de abril deste ano, a última manifestação em São Paulo contou com aproximadamente 44,9 mil participantes, uma redução de 75%. Entre esses eventos, houve outras três manifestações pró-Bolsonaro, com público decrescente, incluindo atos em Copacabana, no Rio de Janeiro e na Paulista em datas anteriores.

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