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Gaza encerra 2025 entre ruínas, sofrimento e esperança tênue

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Ao final de 2025, os palestinos em Gaza enfrentam um esgotamento profundo e sofrimento contínuo, mas ainda mantêm uma esperança frágil de que seu longo sofrimento possa terminar.

Para quem vive neste território destruído, o cotidiano é uma batalha pela sobrevivência.

Grande parte da infraestrutura da região está destruída, a eletricidade é escassa, e centenas de milhares vivem em abrigos improvisados, após frequentemente serem deslocados durante dois anos de conflitos, iniciados com um ataque do movimento islamista Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023.

Hanaa Abu Amra, deslocada na Cidade de Gaza, afirmou: “Vivemos um tormento sem fim na Faixa de Gaza. Esperamos que este tormento termine em 2026. O mínimo que desejamos é uma vida comum: o retorno da eletricidade e o restabelecimento da normalidade nas ruas”.

Em toda Gaza, com seus mais de dois milhões de habitantes, a escassez é uma cena comum.

Crianças formam filas com recipientes para buscar água, enquanto tendas se espalham por ruas e espaços abertos, dando abrigo às famílias que perderam seus lares.

Bairros que um dia foram movimentados agora exibem marcas dos bombardeios, com a rotina reduzida ao essencial.

Para muitos, a virada do ano é um momento para tristeza e esperança.

Na Cidade de Gaza, um jovem escreveu “2026” em sua tenda, enquanto um artista local fez o mesmo na areia em Deir el Balah, no centro da região.

O ano que termina trouxe sofrimento e medo, explica Al Kayali. “Dizemos adeus a 2025 com dor profunda e tristeza”, revela.

“Perdemos muitos entes queridos e bens. Enfrentamos uma vida dura, deslocando-nos de um lugar para outro sob bombardeios constantes”, descreve.

Esperança para 2026

A experiência desses habitantes reflete a de muitos que foram obrigados a fugir repetidas vezes com poucos pertences.

Este conflito que já dura dois anos desestruturou famílias, destruiu meios de sustento e fragmentou comunidades.

Apesar da destruição, alguns moradores acreditam que o novo ano traga o fim dos confrontos e a chance de reconstrução.

A esperança tornou-se símbolo de resistência, especialmente depois da trégua iniciada em 10 de outubro, que reduziu os combates.

Khaled Abdel Majid, de 50 anos, que reside em uma tenda no acampamento de Jabalia, apela ao mundo livre: “Ainda ansiamos por uma vida melhor em 2026. Peço ajuda para nosso povo oprimido”.

Faten al Hindawi manifesta seu desejo de que a trégua encerre a guerra: “Vamos deixar 2025 para trás com sua dor e esperamos que 2026 seja um ano de esperança, fé, firmeza e sucesso”.

Essas são aspirações compartilhadas por muitos em Gaza, mesmo com as condições difíceis no local.

Agências humanitárias alertam para a falta de comida, água potável e suprimentos médicos, agravada pelo inverno rigoroso nos abrigos lotados.

Entre os escombros e tendas, muitos habitantes de Gaza almejam o básico: segurança, estabilidade e dignidade.

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