O governo do Distrito Federal anunciou nesta terça-feira (24) um programa com 80 ações no setor de mobilidade urbana, ao custo de R$ 6 bilhões, para tentar desafogar o trânsito nas vias da capital. Entre as medidas anunciadas está a expansão do Metrô para a região norte do Distrito Federal, que deve começar em junho de 2018 e ser concluída em maio de 2026.
Entre outras propostas, o projeto prevê implantação do bilhete único, readequação de oferta de linhas e horários de ônibus, e obras de infraestruturas no BRT e em rodovias. Dos R$ 6 bilhões previstos nas obras, R$ 254 milhões (4,2%) devem sair do caixa do GDF.
Os demais recursos devem vir de captação direta do GDF (R$ 135 milhões), de financiamentos (R$ 1,6 bilhão) e de repasses do governo federal (R$ 1,5 bilhão). O GDF também espera captar R$ 2,57 bilhões por meio de Parcerias Público-Privadas (PPP).
De acordo com o governador Rodrigo Rollemberg, grande parte dos empreendimentos será implementada graças a financiamentos da Caixa Econômica. “Depende muito mais de nós termos a capacidade e agilidade de implementar esses projetos que vão mudar a qualidade de vida em Brasília”, disse. Ao mesmo tempo, ele reconheceu que a maioria das ações só será concluída após o fim do mandato dele.
Segundo a pasta, o objetivo das medidas é priorizar o transporte coletivo e assim desafogar o trânsito no DF. Dados do GDF apontam que a média de ocupação de carros é de 1,7 pessoa por automóvel. Ao todo, 32% da população usam transporte coletivo, enquanto 45% recorrem a carros pessoais.
Pelos dados da Secretaria de Mobilidade, o DF conta com uma frota de 1,64 milhão de veículos, que cresceu 99,64% em dez anos. No mesmo período, a população aumentou 24,93%, afirmou a secretaria. Em 2015, havia 2,9 milhões de habitantes no DF, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o secretário de Mobilidade, Marcos Dantas, o plano anunciado nesta terça vai “mudar o paradigma da mobilidade urbana do DF”. “Não se trata de mais um plano diretor, mas sim de ações concretas”, afirmou. “Estamos trabalhando para que o usuário de transporte pegue o ônibus de um lado e chegue do outro com menos tempo no trânsito e com mais conforto.”
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