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GDF arrecada R$ 7 bilhões abaixo do esperado para 2014

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Balanço divulgado pelo governo do Distrito Federal nesta quinta-feira (27) mostra que a arrecadação do GDF entre janeiro e outubro deste ano foi de R$ 15,6 bilhões. O valor é maior que os R$ 14,5 bilhões gastos no mesmo período, mas está bem abaixo dos R$ 22,6 bilhões em impostos e transferências do governo federal esperados para 2014.

Os dados apontam que o GDF precisaria arrecadar cerca de R$ 7 bilhões nos meses de novembro e dezembro para completar a expectativa de arrecadação do ano. Segundo o economista Raul Velloso, a meta é arriscada e pode resultar em um déficit de R$ 5 bilhões.

“Onde está o problema? O principal é o crescimento do gasto de pessoal, que aqui no DF está sendo muito forte. O outro é a frustração de receita, que se soma a este crescimento. Somando tudo, a gente enxerga a necessidade desses 5 bilhões”, afirmou. Segundo ele, os gastos com funcionários públicos não podem ser cortados e o enxugamento deve atingir investimentos e custeio da máquina pública.

As secretarias de Fazenda e de Planejamento não quiseram comentar os números. Em nota, o GDF afirmou que o balanço mostra equilíbro nas contas e que é “irresponsabilidade” falar em déficit. O governo também disse que está cortando despesas, correndo atrás de impostos atrasados e negociando empréstimos.

A equipe de transição do governador eleito, Rodrigo Rollemberg, chegou a uma estimativa parecida ao analisar as planilhas do atual governo. O coordenador-geral, Hélio Doyle, disse reconhecer que o GDF tem cortado gastos, mas afirmou que a situação ainda é preocupante.

“O volume é muito alto, mostra que nós vamos começar o novo governo com uma situação bastante difícil, uma carência de recursos muito grande para investimentos e pagamento de pessoal”, disse.

O risco de o GDF não conseguir quitar todas as contas da gestão atual até dezembro foi levantado por Rollemberg logo após a eleição. Na ocasião, ele disse que poderia herdar dívida de até R$ 2,1 bilhões de Agnelo Queiroz, segundo levantamento da equipe de campanha.

Na semana passada, o GDF enviou à Câmara Legislativa um projeto para tentar captar R$ 2 bilhões até o fim do ano com a venda de títulos da dívida ativa. A intenção do governo era aprovar o texto na mesma semana para começar a receber os recursos em meados de dezembro. A oposição de Agnelo na Câmara, que já declarou apoio ao futuro governo Rollemberg, obstruiu quatro sessões e o texto ainda não foi votado.

Segundo levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU), o passivo pode ser ainda maior, de cerca de R$ 3,1 bilhões. O GDF nega o possível déficit..

No início do mês, Agnelo se reuniu com o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, para pedir um repasse de R$ 625 milhões de verbas previdenciárias em atraso. O Ministério da Fazenda não comentou a suposta dívida. Além do repasse, Agnelo disse que está cortando despesas e tomando “outras medidas” para normalizar as contas de governo.

Um decreto publicado no dia 28 de outubro e assinado pelo governador proíbe novos empenhos (acordos de pagamento) e compromissos de despesas até o fim do ano, para todos os órgãos da administração.

Fonte: G1

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