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GDF cria ‘plano de contingência’ para reduzir impacto de greves de ônibus
Se uma empresa parar, as outras serão ‘obrigadas’ a repor linhas atingidas.
O governo do Distrito Federal anunciou que vai publicar nesta quinta-feira (22) no Diário Oficial uma portaria para reduzir o impacto das greves de rodoviários sobre o transporte público da capital. Assinado pela Secretaria de Mobilidade, o texto prevê a criação de um “plano de contingência” para substituição de veículos que fiquem fora de circulação por causa da paralisação de motoristas e cobradores. O chefe da pasta, Carlos Henrique Tomé, afirma que o plano evita que pequenas paralisações prejudiquem os passageiros.
“Se você tem uma emergência, e ela é previsível, você precisa se preparar para ela. Precisa ter um plano para que aquela anomalia não prejudique demasiadamente a sociedade”, afirmou.
O Sindicato dos Rodoviários disse que não tomou conhecimento do assunto e que fará uma reunião para debater o tema na manhã desta quinta-feira (21). A associação das empresas que operam nas linhas principais disse estar “à disposição” do governo para atender à população e suprir a demanda de linhas.
Segundo Tomé, as empresas serão remuneradas pela ação emergencial, que se aplica apenas a alguns casos. “Se pararem 500, 600 ônibus, como acontece quando as grandes empresas cruzam os braços, não há contingência possível. Em alguns casos, não vai ser possível resolver, mas sim reduzir o efeito negativo sobre os trabalhadores”, diz.
O secretário diz ainda que o decreto não representa, necessariamente, um abafamento das greves. “O objetivo fundamental do GDF é atender ao interesse da população. É claro que o movimento grevista aponta uma situação de desconforto. O que a gente quer com isso não é passar por cima do movimento grevista ou tirar a importância das manifestações, mas não podemos deixar a população desassistida.”
Gestão de crise
O plano de contingência deve ser publicado durante a gestão de crise da cooperativa Alternativa, que atende passageiros de Brazlândia e que está sem rodar há duas semanas. Cerca de 140 trabalhadores cobram salários e benefícios em atraso. A Alternativa diz que está sem recursos para pagar. O GDF afirma que não tem nenhuma dívida com a cooperativa.
Para compensar a greve da Alternativa, o governo solicitou cinco ônibus da São José, empresa responsável pela bacia que inclui Brazlândia e outras cinco regiões. Com a publicação da portaria nesta quinta (22), outros 15 ônibus devem ser colocados à disposição pelas outras empresas.
Fonte: G1
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