Notícias Recentes
GDF e os problemas acumulados
Falta menos de 24 horas para o ano acabar e para o governador Agnelo Queiroz (PT) passar sua faixa para o sucessor Rodrigo Rollemberg (PSB). Pela data, tudo já deveria estar dentro da conformidade, todos os servidores e prestadores de serviços com seus salários e benefícios quitados e a cidade em ordem. Entretanto, no apagar das luzes da atual gestão, a capital federal enfrenta uma das maiores crises orçamentárias de sua história.
Nos últimos meses, praticamente todos os setores fizeram algum tipo de paralisação de serviços reivindicando salários e benefícios atrasados. E a situação ficou ainda pior em dezembro, mês de pagamento dos 13º salários. Motoristas e cobradores entraram em greve, professores e profissionais da saúde fizeram manifestações, creches conveniadas com o Governo do Distrito Federal fecharam as portas por falta de repasse de verbas e cerca de 30 mil trabalhadores terceirizados suspenderam seus trabalhos em diversas áreas do governo, desde a manutenção e limpeza das ruas e instituições do governo, até mesmo à distribuição de refeições na rede pública de saúde.
Ontem (30), um grupo de professores protestou em frente ao Palácio do Buriti para reivindicar o pagamento dos 13º salários. A Secretaria de Administração Pública do DF informou, por e-mail, que, conforme reunião realizada na segunda-feira (29), com o governador do DF e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o pagamento do 13º em atraso ocorreria ontem à noite. Até o fechamento desta edição, o dinheiro ainda não havia sido repassado para os servidores.
Por conta da greve dos garis, em todo o Distrito Federal há montes de lixo acumulados no meio das ruas. Sem contar os hospitais, que também estão com amontoados de lixo por causada paralisação dos terceirizados que cuidam da limpeza.
Diante de todo este cenário, o GDF alegou que teve uma arrecadação menor do que a esperada e que isso se refletiu na dificuldade para honrar o pagamento de funcionários e manutenção de serviços. A equipe de transição do futuro gestor do Executivo local, Rodrigo Rollemberg, estima que os cofres públicos tenham um rombo de até R$ 3,8 bilhões.
NOTIFICAÇÃO – Ontem, o Ministério Público do Trabalho (MPT) notificou o GDF a pagar imediatamente as empresas que prestam serviço terceirizado ao Executivo, sob pena de responsabilizar administrativamente e civilmente os gestores envolvidos. Ainda de acordo com a recomendação, as empresas não devem descontar dos grevistas os dias parados.
As paralisações afetam serviços de limpeza e segurança em órgãos públicos. Na segunda (29), o procurador do DF Osdymar Matos, que representou o governo do DF em uma audiência com empresas terceirizadas no MPT, disse que R$ 1 bilhão estava sendo remanejado pelo GDF para pagar salários atrasados de funcionários.
Fonte: Alô/Foto: Isto É
Você precisa estar logado para postar um comentário Login