Conecte Conosco

Notícias Recentes

GDF enviará novo texto à Câmara sobre regularização de food trucks

Publicado

em

Elaborada por um grupo de trabalho formado por empresários e GDF, a proposta, porém, deve enfrentar resistência dos distritais

Os food trucks serão regularizados em Brasília a partir de 2016. Pelo menos, essa é a expectativa dos empresários do setor. Com o já aguardado veto do governador Rodrigo Rollemberg ao Projeto de Lei nº 80/2015, os comerciantes acreditam que a Câmara Legislativa aprovará um outro PL, desenvolvido por um grupo de trabalho formado pelo Governo do Distrito Federal com a participação dos donos dos caminhões. O novo texto deve ser apresentado em até duas semanas aos deputados. Os empresários estão otimistas,mas o Buriti tem uma base frágil na Casa e costuma passar por dificuldade para aprovar projetos do Executivo. Nesse caso, não deve ser diferente. A proposta do GDF provavelmente enfrentará forte resistência dos parlamentares.


Autor do projeto rejeitado por Rollemberg, o deputado Bispo Renato (PR) afirma que a decisão do governador se deu por “picuinha política”. “Não há motivo técnico e jurídico para o veto. É uma atitude puramente política”, acredita. O GDF alega que o projeto não pode ser sancionado porque não agrada aos envolvidos, além de sofrer de vício de iniciativa, pois cabe ao Executivo legislar em temas que envolvem o uso da área pública. O distrital, porém, cita projeto de outro estado para justificar o PL 80/2015: “Em São Paulo, o governador sancionou a proposta de um deputado, que era muito parecida com a minha. Essa alegação não tem fundamento”, diz. Renato afirma que pretendia apenas regulamentar o que já existe. “Não estamos criando receita nem legislando sobre espaço público. Não estamos cedendo terreno para ninguém, estamos somente regulamentando”, argumenta.

Para justificar o veto, o Palácio do Buriti encaminhará um projeto de lei substitutivo à Câmara Legislativa nos próximos dias. A proposta do Executivo foi elaborada por um grupo de trabalho formado por mais de 15 órgãos do governo e associações do setor. O secretário de Trabalho, Thiago Jarjour, coordenou as atividades e explica o motivo da rejeição à proposta. “Foi um processo sólido, com meses de discussão. Quando a lei foi aprovada sem escutar as partes interessadas, desagradou ao pessoal do setor”, diz. Ele também explica que o substitutivo do governo é restrito aos food trucks. “A lei aprovada tratava de comida de rua no geral: barraquinhas, alimentos vendidos por ambulantes. Foi tudo para o mesmo balaio. E nós entendemos que cada modalidade tem suas especifidades. A nossa lei regulamenta apenas os food trucks”, explica.

As regras
De acordo com Miguel Lopes, presidente da Associação Brasiliense de Food Trucks (ABDT), o foco do texto elaborado pelo grupo de trabalho está na segurança alimentar — algo que não foi contemplado de forma satisfatória no documento aprovado pela Câmara. “As exigências envolvem armazenamento de alimentos, suficiência energética e de água, destinação e coleta correta de lixo, revestimento adequado etc.” Outro ponto é a não restrição ao tipo de veículo. Desde que ele esteja dentro dos pré-requisitos de segurança, qualquer carro pode ser usado. “Focamos no contato dos donos com as administrações regionais para definir onde cada um pode ficar”, diz.

Clique aqui para comentar

Você precisa estar logado para postar um comentário Login

Deixe um Comentário

Copyright © 2024 - Todos os Direitos Reservados