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GDF estuda pagar retroativos de reajuste a servidores só em 2017
Valores só devem ser quitados em caso de aumento na arrecadação. Proposta é ‘avanço significativo’, afirmou representante de servidores
O governador Rodrigo Rollemberg disse nesta quinta-feira (5) que o governo estuda pagar em 2017 os retroativos dos aumentos prometidos a servidores do Distrito Federal em 2013 e congelados desde outubro por causa do déficit das contas públicas. O chefe do Executivo disse que o pagamento dos valores só vai ocorrer se o governo conseguir aumentar a arrecadação.
A quitação dos valores a partir de setembro deste ano até outubro do ano que vem só deve ocorrer em outubro de 2017, dependendo de um cronograma a ser criado por um grupo de trabalho.
Segundo o governador, a proposta foi bem recebida pelos sindicatos. “Confiamos no bom senso das categorias”, declarou Rollemberg. Ele criticou a paralisação das cerca de 15 categorias de servidores que protestam contra o congelamento dos reajustes. “Essa greve está trazendo muito prejuízo para a população.”
O presidente do Sindicato dos Servidores do DF (Sindser), André Luiz da Conceição, afirmou que e medida anunciada pelo governador foi um “avanço significativo” nas negociações. “Pela primeira vez o governo manifesta o reconhecimento dos retroativos. É uma questão de honra para os servidores o recebimento desses valores.”
Entenda as greves
O governador Rodrigo Rollemberg anunciou a suspensão dos reajustes, concedidos de forma escalonada em 2013, alegando não haver dinheiro em caixa para fazer os repasses. A medida integra um pacote, que traz ainda aumento nas tarifas de ônibus e metrô, implantação de um plano de demissão voluntária nas empresas públicas, aumento de impostos e nos valores de entrada do zoológico e dos 13 restaurantes comunitários. O DF tem 141 mil servidores públicos na ativa.
Após a decisão, várias categorias do funcionalismo entraram em greve. O governador chegou a apresentar um plano para pagamento dos reajustes a partir de outubro de 2016, que desagradou os servidores.
Parte dos empregados só voltou ao trabalho depois de a Justiça decretar os movimentos ilegais. Médicos, funcionários do DER, agentes do Detran e professores seguem paralisados.
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