Notícias Recentes
GDF retoma ideia de vender dívidas a receber para reforçar caixa
O processo pode render, no mínimo, R$ 300 milhões aos cofres públicos. Primeira audiência pública está marcada para o próximo dia 30
Alegando ter um rombo de R$ 1 bilhão para fechar as contas este ano, o Governo do Distrito Federal faz mais uma tentativa de reforçar o caixa. O Palácio do Buriti publicou chamamento público para as instituições financeiras interessadas na securitização de parte das dívidas que o GDF têm a receber de contribuintes pessoa física e jurídica. O processo pode render, no mínimo, R$ 300 milhões aos cofres públicos.
A securitização é o instrumento pelo qual instituições financeiras compram do governo passivos reconhecidos por inadimplentes e que começaram a ser pagos de forma parcelada. A vantagem para o governo é poder receber o valor integral das dívidas. Os lucros de quem assumir a responsabilidade dos débitos são os juros, os rendimentos e as taxas provenientes dos financiamentos. Hoje, a dívida ativa do DF é de cerca de R$ 16 bilhões.
As empresas interessadas podem participar de uma audiência pública marcada para o próximo dia 30, às 14h, no auditório da Secretaria de Fazenda, no Setor Bancário Norte (Quadra 2, Bloco A, Ed. Vale do Rio Doce). O encontro vai servir para que os participantes contribuam com sugestões para a minuta do edital onde constarão todos os termos do processo.
Por enquanto, o GDF explica que não dá para estimar o valor exato da carteira de crédito que será securitizada. De acordo com a Secretaria de Fazenda do DF, somente com o fim do Programa de Incentivo de Regularização de Débitos Não Tributários (Refis-N), em 31 de agosto, será possível calcular o montante da dívida passível de ser negociada. O Refis-N oferece descontos de até 99% sobre juros e multas para pessoas físicas e jurídicas que sanarem seus passivos com alguns órgãos do governo.
A pasta ressalta que se a securitização for feita com o Refis-N em curso, um banco pode assumir parcelamentos de um contribuinte e este, depois, optar por negociá-los por meio do programa de refinanciamento. O procedimento pode causar cálculos imprecisos, além de trazer incerteza ao investidor.
Todas as operações relacionadas à venda de carteiras de créditos serão feitas pela DF Gestão de Ativos AS, empresa pública constituída no fim de 2015 exclusivamente para gerir transações referentes à securitização. O governo do DF, por meio da Secretaria de Fazenda, detém 99% do capital da empresa, e o Banco de Brasília (BRB), 1%. A securitização foi anunciada pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB) no ano passado. Porém, só agora está saindo do papel. (Com informações da Agência Brasília)
Você precisa estar logado para postar um comentário Login