General Braga Netto desrespeitou ordem e contatou Bolsonaro

A Polícia Federal (PF) confirmou que o general Braga Netto não cumpriu a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que proibiu o contato dele com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Essa conclusão faz parte do relatório final da investigação sobre a participação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em ações para incentivar sanções dos Estados Unidos contra o governo brasileiro e membros do Supremo Tribunal Federal.

Braga Netto, que foi vice na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022, está preso desde dezembro do ano passado, acusado de atrapalhar a investigação da tentativa de golpe.

No celular de Bolsonaro, que passou por busca e apreensão, a PF encontrou uma mensagem enviada por Braga Netto em 9 de fevereiro de 2024, um dia após o general ser alvo de uma operação relacionada à investigação. Essa mensagem foi enviada apesar da proibição de contato determinada em 8 de fevereiro pelo ministro Alexandre de Moraes.

Para enviar a mensagem, o general usou um novo aparelho com um número vinculado a uma chave Pix registrada em seu nome e CPF, segundo a PF.

De acordo com a Polícia Federal, as evidências indicam que Jair Bolsonaro e Walter Souza Braga Netto desobedeceram as restrições impostas durante as investigações relacionadas à tentativa de derrubar a ordem democrática por meio de organização criminosa.

A defesa de Braga Netto foi procurada para comentar o assunto, mas ainda não respondeu.