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General Heleno preso em trama golpista diz ao Exército que tem Alzheimer desde 2018
General Augusto Heleno, que comandou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo de Jair Bolsonaro, revelou que sofre de Alzheimer desde 2018. O diagnóstico foi feito por ele mesmo durante exame médico no Comando Militar do Planalto, em Brasília, onde cumpre pena de 21 anos por envolvimento na trama golpista.
O registro do exame indica que o militar apresenta perda de memória recente significativa, além de prisão de ventre e hipertensão, todos sendo tratados com medicação. O exame buscava avaliar a saúde geral e condição física de Heleno antes da entrada no cárcere, identificando doenças pré-existentes e lesões.
Alzheimer é uma doença que provoca perda de memória e dificuldades cognitivas, causada pela deterioração progressiva das células cerebrais, afetando atividades cotidianas. Os sintomas se agravam com o passar do tempo.
No momento do exame, Augusto Heleno relatou apenas dores nas costas. A médica responsável constatou que ele se encontrava em bom estado geral, alerta e com sinais vitais normais, apresentando aparência compatível com sua idade e estado emocional estável.
Heleno ocupa posto elevado na hierarquia militar e somente pode ser mantido em unidades comandadas por oficiais de quatro estrelas, como o Comando Militar do Planalto, localizado em área restrita de Brasília próxima à Praça dos Cristais e ao Quartel-General do Exército.
Sentenciado junto com Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e outros crimes, Heleno participou de encontros no Palácio do Planalto que buscavam apoio institucional para medidas extraordinárias, mesmo sem evidências concretas de irregularidades nas eleições.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o trânsito em julgado da ação penal, tornando a sentença definitiva, e ordenou que os sentenciados começassem a cumprir suas penas.
O GSI, que Heleno chefiou de 2019 a 2022, é responsável pela segurança pessoal do presidente, vice-presidente e familiares, estando estruturado dentro da Presidência da República. Até 2023, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) também integrava este órgão.
A polícia federal revelou que, durante o governo Bolsonaro, a Abin, sob comando do deputado federal Alexandre Ramagem, também condenado por envolvimento na trama golpista, estabeleceu uma rede paralela para monitorar opositores políticos do presidente na época.

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