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Gilmar, Moro e Dallagnol rejeitam convite para audiência na CPMI da JBS

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Juiz Sérgio Moro alegou que não poderá comparecer à audiência da JBS por conta da intensidade dos trabalhos e compromissos com a Lava Jato

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS recebeu três respostas negativas para a realização de uma audiência pública sobre o instituto da delação premiada. Convidados para discutir o assunto junto ao colegiado, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, o juiz federal Sérgio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol negaram disponibilidade para comparecer à audiência.

A sessão seria realizada nesta quinta-feira, 23, mas deve ser cancelada por conta das ausências registradas. Para a mesma audiência, haviam sido convidados também o juiz Márlon Reis e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cláudio Lamachia. O tema a ser discutido pelos nomes seria a delação premiada, utilizada principalmente na Operação Lava Jato.

Gilmar Mendes não aceitou o convite, mas ainda não respondeu oficialmente ao colegiado. A assessoria de imprensa do magistrado confirmou que ele não estará presente à reunião.

Na justificativa encaminhada à CPMI, Moro argumentou que não poderá estar presente na reunião por causa de compromissos relacionados à Lava Jato. “Devido à intensidade dos trabalhos e a compromissos prementes relacionados à condução dos processos atinentes à assim denominada Operação Lava Jato, inclusive com acusados presos, informo que não tenho, infelizmente condições de participar do aludido evento.”

Já Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, argumentou que não participou da celebração do acordo de delação premiada da JBS e de seus executivos. “Em virtude do acúmulo de trabalho no âmbito da Força-Tarefa da Operação Lava Jato do MPF/PR e de compromissos já assumidos em razão da minha atividade de coordenador da referida Força-Tarefa, infelizmente não poderei comparecer na reunião”, disse no ofício.

“Adicionalmente, de qualquer forma, esclareço que não constituem objeto de apuração por esta Força-Tarefa as possíveis irregularidades citadas no expediente em questão”, complementou Dallagnol. “O acordo de colaboração premiada citado no seu expediente (JBS) foi celebrado pela Procuradoria-Geral da República sem participação desta força-tarefa.”

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