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Glauber comenta a ocupação do lugar de Motta na Câmara
Glauber Braga, deputado do PSOL-RJ, enfrentando risco de cassação de mandato, falou nesta terça-feira sobre a ocupação da cadeira do presidente da Câmara, Hugo Motta, durante a sessão. Ele foi removido pela Polícia Legislativa depois de aproximadamente uma hora.
Glauber está sendo acusado de quebra de decoro parlamentar por supostamente agredir um membro do Movimento Brasil Livre (MBL) durante um protesto no Congresso em abril do ano passado.
Ele estava acompanhado da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), sua esposa, e de seu colega Tarcísio Motta (PSOL-RJ) presente na Mesa Diretora.
Glauber declarou: “Continuarei firme aqui até o fim dessa situação. Se o presidente da Câmara agir de forma diferente do que fez com outros que ocuparam a mesa diretora e não foram punidos, essa responsabilidade é dele. Eu permaneço aqui até onde minhas forças permitirem.”
A sessão, transmitida pela TV Câmara, teve sua transmissão cortada, incluindo o canal no YouTube.
Por volta das 17h30, o plenário foi limitado a parlamentares, com assessores e imprensa sendo retirados, e a Polícia Legislativa foi acionada.
Chico Alencar (PSOL-RJ), colega de Glauber, evitou manifestar apoio direto à ação e comentou que a solução teria sido retirar a cassação de pauta.
Protesto e negociação
Em abril deste ano, Glauber realizou uma greve de fome para protestar contra o avanço do processo de cassação avalizado pelo Conselho de Ética. O protesto durou pouco mais de uma semana e terminou após acordo com Hugo Motta, que assegurou que o processo teria um andamento correto e que garantiria amplo direito à defesa.
“Após a deliberação da CCJ, o caso não será levado ao Plenário antes de 60 dias para o exercício da defesa. Depois, os deputados decidirão soberanamente sobre o processo,” afirmou Motta.
Próximos passos para cassações
Hugo Motta informou que na próxima semana o plenário votará as cassações de Glauber Braga, da deputada Carla Zambelli e dos deputados Alexandre Ramagem e Eduardo Bolsonaro.
Os casos de Glauber e Zambelli passarão primeiro pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de irem ao plenário.
Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, terá sua cassação decidida pela Mesa Diretora devido ao excesso de faltas e ausência nos compromissos da Câmara após se mudar para os Estados Unidos. Segundo Motta, ele atingiu o limite de ausências permitido.
O caso de Alexandre Ramagem será julgado diretamente em plenário, uma vez que o Supremo Tribunal Federal condenou sua perda de mandato por envolvimento em tramas contra a democracia. Ramagem terá cinco sessões para apresentar sua defesa.
Hugo Motta ressaltou: “Dois parlamentares foram condenados pelo STF (Zambelli e Ramagem). Para proteger as prerrogativas parlamentares, levaremos essas condenações para que o plenário possa decidir sobre seus mandatos. O caso de Ramagem será julgado diretamente no plenário após o prazo de defesa de cinco sessões.”


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