Golpe do presente: operação prende grupo que movimentou 14 milhões

A Polícia Civil de São Paulo participa, nesta terça-feira (25/11), de uma ação conjunta com autoridades do Paraná para desarticular a quadrilha responsável pelo Golpe do Presente. A operação foi realizada em São Bernardo do Campo, Diadema, na capital São Paulo e em mais quatro estados brasileiros.

De acordo com a polícia do Paraná, o coletivo criminoso movimentou mais de 14 milhões de reais aplicando o golpe. A ação ocorre após um ano de investigação que revelou a estrutura da organização criminosa.

“Os criminosos buscavam vítimas que estivessem completando aniversário e se passavam por comerciantes de floricultura ou de chocolates, alegando que precisavam entregar um presente e cobravam uma taxa referente ao serviço do motoboy”, explicou o delegado do Paraná Emmanoel David.

Na operação, foram cumpridos 172 mandados judiciais, incluindo 41 prisões, 90 buscas e apreensões, além de 41 bloqueios de contas bancárias. As autoridades do Paraná informam que o esquema enganou 270 pessoas no estado, assim como residentes de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia.

Funcionamento do Golpe

Os golpistas fingiam serem vendedores de floriculturas ou lojas de chocolates e abordavam pessoas aniversariantes para entregar um suposto presente, cobrando por um valor relacionado ao motoboy. A vítima era orientada a pagar com cartão de crédito, mas ao tentar concluir o pagamento, a máquina apresentava falhas simuladas e o entregador partia em seguida.

“Esses equipamentos eletrônicos tinham programas maliciosos que capturavam os dados do cartão e a senha digitada pela vítima”, afirmou o delegado.

Em alguns casos, os bandidos realizavam cobranças de valores elevados sem o conhecimento do dono do cartão ou substituíam o cartão da vítima por outro do mesmo banco.

As investigações revelaram que, após o golpe, o dinheiro era transferido para contas bancárias falsas para esconder a origem dos valores e dificultar o rastreamento por parte das instituições financeiras e das forças policiais.