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Gonet reconduzido à PGR em votação histórica apertada

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Por 45 votos a 26, o Senado aprovou a continuidade de Paulo Gonet no cargo de procurador-geral da República. A indicação, feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi validada após aprovação na sabatina na Comissão de Constituição e Justiça, garantindo seu mandato até 2027.

O apoio a Gonet foi o mais enxuto desde a redemocratização do país. O recorde anterior de menor aprovação havia sido registrado pelo primeiro procurador-geral da era pós-1988, Aristides Junqueira, com 47 votos favoráveis.

Durante a sabatina, Gonet enfatizou a necessidade de equilíbrio e independência política da PGR, afirmando que a instituição deve atuar de acordo com a Constituição, não buscando aprovação popular ou exposição na mídia.

Ele reforçou que não há criminalização da política em suas ações, explicando que as decisões da Procuradoria são baseadas em fundamentos jurídicos sem viés ideológico, tratando todos os envolvidos com respeito e seriedade.

A sessão apresentou momentos tensos, especialmente com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que nesta votação mudou seu voto para rejeitar a recondução de Gonet, criticando duramente sua gestão e alegando passividade diante do Ministério Público Federal.

Outros membros da oposição também mudaram de posição, questionando a relação entre Gonet e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, alegando concentração de poder nos processos relacionados aos acontecimentos de 8 de janeiro. Gonet negou alinhamento político, explicando que os contatos mantidos são de natureza administrativa e legítima.

Sobre a possibilidade de anistia para os condenados pelos ataques de 8 de janeiro, Gonet destacou que a decisão cabe ao Congresso, embora reconheça que há dúvidas jurídicas sobre a constitucionalidade do tema.

Na sabatina, destacou ainda o foco de sua gestão no combate ao crime organizado e proteção à primeira infância, enfatizando a importância de ações conjuntas internacionais, citando a Operação Carbono Oculto como exemplo.

Omar Aziz (PSD-AM), relator da recondução, elogiou a atuação técnica e apartidária do procurador-geral. A sessão, presidida por Otto Alencar (PSD-BA), durou mais de quatro horas e foi marcada por debates acalorados sobre o papel da PGR e a relação entre os Poderes da República.

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