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Governo americano anuncia novas sanções contra a Síria

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Mike Pompeo explicou que as sanções não se destinam ao comércio, ajuda ou atividades humanitárias

O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta quarta-feira (30), novas sanções contra 17 indivíduos, instituições e empresas da Síria devido ao terceiro aniversário dos ataques do Exército do presidente Bashar al Assad contra a cidade síria de Armanaz.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, afirmou que as sanções afetam o Quinto Corpo do Exército sírio, a “rede pessoal de negócios ilícitos de Assad”, financistas corruptos e funcionários do governo.

– Ontem, há três anos, no dia 29 de setembro de 2017, as forças do regime de Assad, respaldadas pela Rússia, mataram ao menos 34 sírios na cidade de Armanaz. Desde então, foram lançadas milhares de bombas de Bashar al Assad sobre escolas, hospitais e mercados em toda a Síria – disse Pompeo.

Ele afirmou ainda que Assad causou a perda de muitas vidas em sua “inútil busca por uma conquista militar sobre seu próprio povo”.

Entre os sancionados estão Nasreen Ibrahim e Rana Ibrahim, irmãs do “homem forte” de Assad, Yasser Ibrahim.

Segundo o governo americano, “a família Ibrahim, comandada por Yasser Ibrahim, atua como laranja de Bashar as Assad e sua esposa, Asma al Akhras”, desperdiçando dinheiro para estender o controle do casal presidencial sobre a economia do país “enquanto milhões de sírios passam fome”.

Pompeo explicou que as sanções não se destinam ao comércio, ajuda ou atividades humanitárias, e recordou que na semana passada Washington anunciou mais de 720 milhões de dólares (R$ 4 milhões) em assistência humanitária ao povo sírio.

As sanções dos EUA contra “altos funcionários do governo sírio, comandantes militares e líderes empresariais corruptos não cessarão até que o regime Assad e os seus colaboradores tomem medidas irreversíveis para dar fim à sua campanha de violência contra o povo sírio” e cumpram os mandatos das Nações Unidas, argumentou.

– O povo sírio já sofreu o suficiente. Agora é o momento de resolver o conflito sírio através de meios políticos pacíficos – acrescentou o secretário.

Dezenas de civis foram mortos há três anos em bombardeios aéreos de áreas residenciais na cidade síria de Armanaz, na província noroeste de Idlib, então controlada quase inteiramente por facções islâmicas.

Um segundo bombardeio matou equipes de salvamento que tentavam ajudar os feridos no primeiro ataque, de acordo com organizações humanitárias que trabalhavam na Síria.

*Com informações da Agência EFE

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