Governo argentino relata aumento de mortes por fentanil adulterado

O governo da Argentina confirmou que o número de mortes causadas por fentanil contaminado subiu para 100 e identificou um laboratório local como o responsável, em meio a um aumento da controvérsia no país nesta quinta-feira, devido à demora na resposta à crise de saúde pública.

Desde maio, foram registradas denúncias junto à autoridade reguladora de medicamentos e alimentos (Anmat) sobre mortes suspeitas após o uso do produto em hospitais de quatro províncias argentinas, além da capital Buenos Aires.

Ariel Garcia Furfaro é proprietário do laboratório HLB Pharma Group S.A., fabricante do lote de fentanil contaminado que causou a morte de mais de 100 pessoas, conforme comunicado oficial da Presidência. Após inspeção governamental, a Anmat suspendeu as atividades do laboratório, proibindo sua operação produtiva três meses antes do registro da primeira morte relacionada ao fentanil adulterado.

Durante um evento político em La Plata, o presidente Javier Milei acusou os aliados de sua predecessora Cristina Kirchner de protegerem o dono do laboratório, ressaltando a necessidade de responsabilização imediata para evitar novas tragédias.