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Governo busca acordo com servidores

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Em reunião realizada na tarde de ontem (15), no Palácio do Buriti, os representantes dos sindicatos dos servidores da saúde se reuniram com a equipe de Governança do GDF para debater o cronograma de pagamento dos benefícios atrasados. Ficou acordado entre a categoria o pagamento de férias, 13º salário, horas extras, gratificação de Natal e resíduos até junho deste ano. A princípio, a ideia era dividir os depósitos até outubro, mas o governo recuou após a categoria recriminar a proposta.

Depois disso, a categoria se reuniu por uma hora e elaborou uma contraproposta, que foi bem aceita pela equipe econômica do GDF. Após analisar a contraproposta dos sindicatos, o GDF propôs que as horas extras da Saúde e as férias de todos os servidores sejam pagos no último dia útil de janeiro, fevereiro e março. Nos de abril, maio e junho, seriam pagos os 13º salários, as gratificações natalícias e os resíduos. Todas as parcelas seriam corrigidas com o índice da poupança. O BRB adotaria uma taxa de juros menor para as antecipações do 13º salário, ao invés de cobrar 2,7% passaria a cobrar 1,9% nas taxas de juros.

Entretanto, o GDF informou aos sindicalistas que a proposta só tem validade com o fim da greve dos servidores da saúde (leia mais na página 4). O chefe da Casa Civil, Hélio Doyle, informou que os pontos dos servidores que estão parados não serão cortados, mas que posteriormente, o GDF vai se reunir com os servidores para conversar sobre as greves. “A população não pode arcar com o ônus das greves. Toda vez que a categoria paralisa, a sociedade fica prejudicada e depois o governo não desconta o ponto dos funcionários. Para fazer greve é preciso ter coragem e arcar com as consequências”, afirmou.

Os sindicatos que representam os trabalhadores da saúde aceitaram a proposta e devem levar a discussão em assembleia para saber se a categoria aprova a decisão do GDF. Para Marli Rodrigues, presidente do SindSaúde-DF, a reunião não foi tão satisfatória quanto a categoria esperava. “Nossa negociação avançou porque hoje temos uma data de pagamento definida e essa dívida não vai cair no exercício findo. Porém, quem decide não é o sindicato, mas a categoria. Amanhã [hoje], vamos apresentar a proposta aos trabalhadores para saber qual será a decisão deles”, explicou.

O GDF alegou que o parcelamento foi a única solução para quitar a dívida com os servidores. “Gostaríamos de pagar de uma só vez, mas é impossível, pois a situação financeira do DF é gravíssima. O que vamos fazer é levar em conta a realidade atual do caixa do DF”, afirmou Doyle.

EDUCAÇÃO – Os representantes do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) não participaram do encontro. Eles chegaram a entrar no Salão Nobre, mas foram embora antes do início. Segundo Washington Dourado, diretor do Sinpro-DF, a categoria se recusa a negociar parcelamento de salários atrasados.

“Não existe negociação. Não vamos admitir parcelamento de salários, pois se o governo quiser, pode nos pagar utilizando vários recursos, como antecipação de receitas, empréstimos no banco. Enfim, com esse cronograma de parcelamento o ano letivo começará com greve dos professores, isso é certeza. Além disso, o GDF furou com a categoria, porque anunciou na quinta-feira (14), em seu portal de notícias, que pagaria no mesmo dia o salário referente a dezembro e a rescisão dos temporários, mas só pagou os salários, deixando os temporários de lado”, esclareceu.

Fonte: Alô

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