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Governo e oposição se unem pela quebra de sigilo de Careca do INSS

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Durante a sessão da CPI do INSS nesta segunda-feira, parlamentares tanto da base governista quanto da oposição uniram-se para solicitar a quebra do sigilo das entradas e saídas do investigado Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, nos gabinetes do Senado. O objetivo é apurar com quem Antunes se encontrou no Congresso.

Uma portaria vigente proíbe a divulgação dos registros de entrada e saída nas salas dos senadores, mantendo o sigilo dessas informações. Na semana anterior, foi aprovado um pedido para levantar os movimentos de Antunes na Previdência entre 2019 e 2025, mas não incluíram a quebra do sigilo dos gabinetes do Senado.

Careca é apontado como o principal operador que intermediava relações entre associações fraudulentas e servidores públicos. Relatórios da Polícia Federal revelam que Antunes movimentou cerca de R$ 53 milhões provenientes de entidades sindicais e empresas vinculadas, valor muito superior à renda oficial mensal de R$ 24 mil que declarava.

Parte desse montante teria sido utilizada para compra de presentes para dirigentes do INSS, inclusive um Porsche avaliado em R$ 500 mil, transferido para a esposa de um procurador do órgão.

Parlamentares da CPI planejam solicitar ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a liberação dessas informações. O coordenador da bancada governista na Comissão, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), pediu que o presidente da CPI, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), recorra da decisão que impede a divulgação.

— Por que motivo alguém tentaria ocultar quais gabinetes foram frequentados pelos suspeitos? Solicito que entre com recurso contra essa decisão — afirmou.

O deputado Marcel Van Hattem (NOVO-RS), da oposição, classificou a restrição como inaceitável.

— Negar acesso a informações sobre a frequência nos gabinetes para uma CPI é um absurdo total.

Diante disso, o relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), informou que os parlamentares vão votar ainda hoje um pedido extra na pauta visando obter os dados e, caso sejam negados, buscarão alternativas jurídicas.

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