Preso na operação Lavat na quinta-feira (26), Norton Domingues Masera foi exonerado do Ministério do Turismo. Ele ocupava o cargo de chefe da assessoria parlamentar do gabinete do ministro. A saída dele foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta (27).
A Lavat busca desarticular uma organização criminosa investigada em uma operação anterior, a Manus, que prendeu em junho deste ano o ex-ministro do Turismo e ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB). Durante a operação, a Polícia Federal fez buscas na sede do ministério.
A saída de Masera já tinha sido anunciada pelo ministério, que também informou colaborar com as investigações. “Vale destacar que a busca e apreensão se restringiu à sala em que Norton [Masera] trabalhava e a Pasta Ministerial não é alvo da investigação.”
Entenda
Segundo a PF, a organização criminosa continuou praticando crimes de lavagem de dinheiro. Ao todo, são cumpridos 27 mandados: 22 de busca e apreensão, 3 de prisão temporária e 2 de condução coercitiva. A maior parte ocorre no Rio Grande do Norte.
De acordo com a corporação, durante a análise do material apreendido na operação Manus foram identificadas “fortes evidências quanto à atuação de outras pessoas pertencentes à organização criminosa”, que continuou lavando dinheiro e ocultando valores para o chefe do grupo.
Foi identificado também um esquema criminoso que fraudava licitações em diversos municípios do RN visando a obter contratos públicos que, somados, alcançam cerca de R$ 5,5 milhões, para alimentar a campanha ao governo estudual em 2014.
O nome da operação ainda é referência ao provérbio latino “Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat”, cujo significado é “uma mão esfrega a outra; uma mão lava a outra”.
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