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Governo federal libera R$ 3,3 bi para reconstruir o RS

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O governo federal anunciou nesta quarta-feira (26) a liberação de mais R$ 3,3 bilhões para reconstrução do Rio Grande do Sul, que sofreu com as enchentes de maio de 2024.

Deste valor, R$ 726 milhões serão destinados à construção de 3.949 novas moradias em 62 municípios gaúchos com menos de 50 mil habitantes. Também foram entregues simbolicamente 8 mil casas adquiridas pelo Programa Compra Assistida, parte do Minha Casa, Minha Vida – Reconstrução.

Essa modalidade permite que famílias gaúchas habilitadas comprem imóveis novos ou usados com financiamento do governo federal.

Durante a cerimônia no Palácio do Planalto, a prefeita de Estrela, no Vale do Taquari, Carine Schwingel, expressou a grande expectativa pela entrega das moradias.

“Não há como uma família prosperar sem ter uma base sólida, uma casa construída. É isso que vemos aqui”, disse ela.

Carine ressaltou ainda a importância do apoio do governo federal para as pequenas cidades, que não possuem orçamento suficiente para grandes obras.

“A enchente nos ensinou que devemos investir em áreas ambientais, transformando centros urbanos em espaços que adotem soluções baseadas na natureza como pilar, e não como luxo”, comentou.

“O apoio do governo federal é transformador para os municípios. Esperamos que continue nos auxiliando”, agradeceu.

Estrela, que tem cerca de 35 mil habitantes, teve três bairros destruídos pelas enchentes e 1,5 mil famílias perderam suas casas. A dona de casa Elga Gomes de Lima é beneficiária do programa Compra Assistida. Após perder a moradia, ela teve que ficar na casa do sogro. Elga agradeceu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela iniciativa.

“Nossa história mostra a realidade difícil que muitas famílias enfrentam, mas revela também o compromisso de Lula com o povo gaúcho, oferecendo a chance de termos um lar novamente”, disse.

O ministro das Cidades, Jader Filho, explicou que o Compra Assistida atendeu famílias em situação emergencial. As famílias contempladas em médio prazo serão beneficiadas com as 3.949 novas unidades, que serão entregues a partir de 2026.

“Não houve Compra Assistida em todos os municípios porque em algumas cidades do estado não existiam imóveis prontos para compra. Por isso, houve necessidade de construir as novas moradias”, explicou.

Infraestrutura

Foram destinados ainda R$ 571 milhões para Porto Alegre e São Leopoldo para obras de infraestrutura que visam adaptações e prevenção contra eventos climáticos extremos.

Porto Alegre receberá R$ 502 milhões para construção de galerias e canais, enquanto São Leopoldo contará com R$ 69,3 milhões para aquisição de casas de bombas e construção de redes de galerias.

Também serão investidos R$ 197,6 milhões em obras de drenagem no estado e R$ 13,4 milhões em contenção de encostas.

O ministro da Integração e Desenvolvimento Nacional, Waldez Góes, afirmou que essas obras mostram o entendimento do governo da necessidade de levar investimentos para que as cidades enfrentem eventos climáticos extremos.

“A memória da tragédia ainda é forte, mas a coragem do povo gaúcho foi maior, e vejo isso com os colegas do governo federal durante 2024”, disse. “Esses investimentos renovam nosso compromisso e garantem que a solidariedade do início se transforme em ação contínua para um futuro seguro”, concluiu Góes.

Além disso, o governo investe mais de R$ 40 milhões em mapeamento topográfico e aerofotogramétrico de 186 municípios da região do Rio Guaíba e da Lagoa dos Patos para prevenir e mitigar efeitos de futuras inundações.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, informou que dos R$ 111 bilhões anunciados para socorrer o estado, R$ 90 bilhões já foram aplicados, destacando a rapidez da ação governamental após as enchentes. Segundo ele, essa atuação tornou-se referência nacional sobre como o governo trata desastres no país.

“Nunca antes na história do Brasil um governo federal reagiu tão rápido, com abrangência e volume de recursos para o Rio Grande do Sul”, afirmou. “Nenhuma ação anterior no país é comparável em volume ou tempo de resposta”, finalizou Rui Costa.

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